ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 16º

Capital

Pai de advogada morta em acidente critica falta de júri popular a estudante

Primeira audiência do caso acontece nesta segunda-feira, no Fórum de Campo Grande, 1 anos e 9 meses após acidente

Clayton Neves e Liniker Ribeiro | 12/08/2019 15:12
João Pedro acompanha depoimentos na sala de audiências da 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande. (Foto: Liniker Ribeiro)
João Pedro acompanha depoimentos na sala de audiências da 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande. (Foto: Liniker Ribeiro)

Durante primeira audiência na Justiça, 1 ano e 9 meses após a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, o pai da vítima criticou o fato de o réu, o estudante de Medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, não ser levado a júri popular. “Esperávamos que fosse para júri popular e aparentemente isso não vai acontecer. É lastimável porque ao dirigir embriagado ele assumiu o risco de matar", desabafou o engenheiro Lázaro Barbosa Machado.

Enquanto aguardava para prestar depoimento, Lázaro falou da falta que a família sente da filha, morta aos 24 anos em acidente de trânsito na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, na madrugada do dia 2 de novembro de 2017. “O que resta é saudade e indignação”, disse. Segundo ele, a expectativa para a audiência é que as testemunhas falem a verdade. “Nada resistirá a isso”, afirmou.

Ao todo, 14 testemunhas de defesa foram intimadas para prestar depoimento na tarde desta segunda-feira (12) na 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande. A audiência começou por volta das 13h30 e João Pedro acompanhar as oitivas.

O engenheiro Lázaro Barbosa Machado, pai de Carolina, momentos antes de entrar para prestar depoimento. (Foto: Liniker Ribeiro)
O engenheiro Lázaro Barbosa Machado, pai de Carolina, momentos antes de entrar para prestar depoimento. (Foto: Liniker Ribeiro)

A próxima audiência do caso será nesta terça-feira (12), quando devem ser ouvidos faltantes e testemunhas de acusação.

Abalada, a mãe da advogada não quis conversar com a imprensa e limitou-se a dizer que desde sexta-feira (9) aguardava ansiosa pela audiência. Ela será uma das testemunhas ouvidas hoje.

Acidente - O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado, por volta da meia noite e meia, do dia 2 de novembro de 2017. Carolina Albuquerque, de 24 anos, estava com o filho de 3 anos, quando o carro foi atingido pela caminhonete do estudante.

Baseado nas marcas de frenagem no chão, nos danos causados pela colisão nos dois veículos e outros vestígios encontrados na cena da morte de Carolina, a perícia determinou a velocidade que a caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro, em 115km/h.

O suspeito fugiu após o acidente e só se apresentou no dia 4 de novembro. Como já estava com mandado de prisão decretado, João foi detido e transferido para uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 50,5 mil, e colocar tornozeleira eletrônica.

Nos siga no Google Notícias