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Capital

Para garantir diagnóstico precoce, UBS ganha unidade para monitorar zika vírus

Flávia Lima | 19/11/2015 16:26
Mesmo com intensificação do combate ao mosquito transmissor da dengue, Sesau implantou posto sentinela em UBS. (Foto:Arquivo/Campo Grande News)
Mesmo com intensificação do combate ao mosquito transmissor da dengue, Sesau implantou posto sentinela em UBS. (Foto:Arquivo/Campo Grande News)

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida ganhou um posto sentinela de coleta e monitoramento do zika vírus. O objetivo da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) é garantir que pacientes suspeitos da doença ou com algum sintoma sejam detectados com rapidez.

De acordo com o secretário de Saúde do município, Ivandro Fonseca, mesmo não tendo nenhum caso e nem suspeita do vírus em Campo Grande, a prefeitura optou pela implantação do posto para coibir a disseminação da doença, já que o vetor é o mesmo da dengue e Chikungunya.

"Como existe a probabilidade de ter uma mega epidemia de dengue em 2016 precisamos nos precaver de todas as formas. O fluxo de pessoas viajando para o Nordeste é muito grande, por isso pode ocorrer a transmissão do Zika virus”, explica Ivandro.

Todos os pacientes suspeitos da doença ou com algum sinal de sintoma poderão fazer a coleta em qualquer unidade de saúde ou hospitais. O exame será encaminhado para laboratório onde será feito os testes.

O infectologista Rivaldo Venâncio, da Fiocruz-MS, aprova a implantação do posto sentinela e diz que a medida é fundamental para o controle e acompanhamento da doença. "Temos sempre que nos anteciparmos para não sermos pegos de surpresa. Dessa forma a população já pode ser orientada também", afirma.

Os pacientes com suspeita de zika virus precisam fazer o exame até cinco dias após apresentar os primeiro sintomas, já que o exame é feito isolando o vírus. Passando esse período o exame se torna sem efeito, pois apresentará um resultado falso-positivo.

O contágio pelo zika acontece quando o mosquito pica alguém contaminado e em seguida infecta outra pessoa. Ele pode transportar o vírus durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

O ciclo de transmissão ocorre a partir do momento em que a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas.

A transmissão do vírus raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C, por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

A fêmea coloca os ovos em condições adequadas, em lugares quentes e úmidos e em 48 horas o embrião se desenvolve. Os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da febre Zika podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito.

Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

Sintomas - Os sinais de infecção pelo vírus zika são parecidos com os sintomas da dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. A pessoa tem febre (entre 37,8 e 38,5 graus), dor nas articulações, principalmente nas das mãos e pés, com possível inchaço, dor muscular, de cabeça e atrás dos olhos.

Erupções cutâneas, acompanhadas de coceira, podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés. 

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