Para prefeito, pastor diz que igreja com 7 mil fiéis manterá quarentena

Ao sair de reunião com líderes de igrejas evangélicas, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse ter recebido boas notícias. Apesar do decreto de ontem (26), liberar cultos e missas, desde que os templos cumpram requisitos rigorosos de higiene e proteção dos fiéis, parte das casas religiosas não vai reabrir por enquanto.

“Vieram hipotecar solidariedade, estão orando e estão cada vez mais com fé na nossa cidade”, afirmou o chefe do Executivo municipal.

Antes da conversa com Marquinhos, o pastor Ronaldo Leite Batista, que é presidente do conselho municipal de pastores e foi ao encontro representando várias denominações, explicou que a reunião seria para discutir alguns pontos do decreto, que torna inviável a retomada de cultos por igrejas pequenas e também externar a preocupação com a situação econômica, já que alguns fiéis já relatavam dificuldades financeiras. “Somos pastores, lidamos com pessoas e é preciso se preocupar não só com a saúde física, mas a psicológica e econômica”.

Ele admitiu que alguns templos querem voltar a ministrar cultos, mas garantiu que a 1ª Igreja Batista, uma das maiores da Capital, da qual Ronaldo é vice-presidente, decidiu não retomar a atividades por pelo menos mais dois fins de semana para preservar a saúde dos fiéis. “Culto é uma coisa maravilhosa para o povo de Deus, todo mundo quer voltar, mas cada pastor tem a liberdade de definir isso”, disse, reiterando que regras sanitárias terão de ser cumpridas.

A 1ª Igreja Batista é frequentada por pelo menos 7 mil pessoas. “O corpo de líderes decidiu que não vai abrir mesmo que autorize. Permanece a igreja em células, que eram as reuniões feitas em casa e agora são feitas em salas virtuais”, esclareceu.

Não ficou claro se, mais para frente, Marquinhos pretende rever algumas das regras impostas às casas religiosas, pelo menos para as menores. Ele falou pouco por estar atrasado para compromisso. Mas, a princípio, fica tudo como está. Veja: