Paranaense é condenado a 5 anos por tentar matar família queimada em MS
Paranaense ateou fogo em quarto e tentou trancar a namorada e dois enteados dentro da casa em chamas
O paranaense Marciano Sant’Ana do Prado foi condenado a 5 anos, 8 meses e 38 dias de prisão em regime semiaberto por tentar matar a namorada e seus dois filhos. O crime aconteceu no dia 1º de julho de 2021 quando ele ateou fogo em um quarto e tentou trancar as vítimas dentro da casa em chamas na Rua Belo Horizonte, no Jardim Imá, em Campo Grande.
Marciano sentou no banco dos réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri na Capital nesta quarta-feira (14). Ele foi pronunciado por tentativa de homicídio pelo motivo torpe, pelo emprego de fogo caracterizando meio cruel e ainda violência doméstica já que uma das vítimas era sua convivente na época.
Durante o julgamento, tanto defesa quanto acusação, pediram a desclassificação para o crime de incêndio e o Conselho de Sentença atendeu por maioria de votos, com isso, o réu passou a ser julgado pelo crime de incêndio qualificado pelo fato de a casa ser habitada.
A autoria e a materialidade foram reconhecidas pelo Conselho de Sentença. Além disso, Marciano confessou ter ateado fogo na casa, no entanto negou que queria matar as vítimas.
Na sentença, o juiz Aluizio Pereira dos Santos destacou que mesmo que o réu não seja reincidente, a culpabilidade é reprovável já que as vítimas “correram sério risco em suas integridades físicas, inclusive de inalara fumaça na medida em que tentou impedi-las e sair às pressas”. A conduta social e a personalidade do acusado foram consideradas normais
Durante o depoimento, a vítima principal, que seria sua convivente, prestou depoimento em seu favor dizendo que Marciano era um bom marido e trabalhador, dizendo ainda que não gostaria que ele ficasse preso. A opinião, no entanto, não foi considerada.
Inicialmente Marciano foi condenado a 4 anos e 30 dias de prisão pelo crime, em seguida teve a pena reduzida em quatro meses e cinco dias pela confissão, mas a sentença foi aumentada em 1/3 na terceira fase já que a casa era habitada e mais 1/6 por serem três vítimas.
Com isso, o paranaense acabou sentenciado a 5 anos, 8 meses e 38 dias de prisão em regime semiaberto, por já ter cumprido 1/6 da pena.