Pedindo para comércio e escolas reabrirem, centenas de carros sobem Afonso Pena
Os manifestantes querem o fim da quarentena para todos.; eles são adeptos à proposta do presidente Jair Bolsonaro

Com cartazes, buzinaço e pedidos de volta às aulas e reabertura do comércio, centenas de manifestantes foram parar nos altos da Afonso Pena depois de carreata, que começou na região do Camelódromo, ter de desviar da Prefeitura de Campo Grande.
São pelo menos 200 veículos, que ocupam toda a frente do Shopping Campo Grande e se perdem no horizonte depois do pontilhão da Rua Ceará. Depois de passar pela frente do centro comercial, carros fizeram o retorno no Parque dos Poderes e continuaram em direção ao Centro (veja no vídeo no fim do texto). Como não há alguém assumindo oficialmente a organização, o Campo Grande News não conseguiu saber ao certo a quantidade de veículos participantes.
Além dos veículos de passeio, caminhonetes e ônibus do transporte interestadual de passageiros engrossam o protesto. Na fila de carros, empresários, comerciantes, autônomos, como é o caso da dona de uma loja de lubrificantes, Adriana Anassolo, 46 anos. Ela quer a reabertura das lojas e que a filha, em idade escolar, volte a ter aulas imediatamente. A menina segurava cartaz com a frase: “Quero voltar para a escola”.

“Queremos que comércio volte a funcionar. Temos funcionários, impostos, uma empresa para cuidar, muita gente que depende da gente. É pra ontem, porque uma semana parada já deu muito prejuízo, no máximo até segunda, precisamos voltar, se não vai haver demissão”, afirmou a mãe.

Dirigindo uma van escolar, o motorista Luiz Carlos Rodrigues, de 51 anos, reforça o coro. “É preciso tomar cuidado, mas não tem como ficar 40 dias com tudo parado. O ideal seria que aulas voltassem e se for preciso voltar para rua para lutar, vamos voltar”.
Os manifestantes querem o fim da quarentena para todos. Eles são adeptos à proposta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de isolamento vertical, que basicamente prevê o confinamento somente de idosos e pessoas que integram grupos de risco. O temor é a recessão econômica, que empresas quebrem.
Em Campo Grande, a prefeitura determinou o fechamento de quase tudo e toque de recolher como medidas de contenção ao avanço do coronavírus na cidade.
Veja imagens do protesto do alto: