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Capital

Pelo amigo do filho, mãe faz campanha para estimular doação de medula

Márcia Macedo começou mobilização logo que descobriu que Matheus, melhor amigo do filho dela, precisava de voluntário compatível

Anahi Zurutuza | 03/11/2017 09:18
Ruth e Matheus, Calebe e a mãe, da esquerda pela direita, em sala do Hospital Universitário, onde os meninos recebem atendimento semanalmente (Foto: Marcos Ermínio)
Ruth e Matheus, Calebe e a mãe, da esquerda pela direita, em sala do Hospital Universitário, onde os meninos recebem atendimento semanalmente (Foto: Marcos Ermínio)
Postagem de Marcia Macedo
Postagem de Marcia Macedo

Márcia e Ruth se conheceram em um hospital. Calebe, de 5 anos, filho de Márcia, e Matheus, de 7 e filho de Ruth, também. Não bastasse destinos das duas famílias terem se cruzado em um contexto não muito favorável - quando os meninos tiveram o diagnóstico de leucemia -, os quatro viveram juntos a felicidade de ouvir a palavra cura, mas depois a decepção de ter a notícia que a doença havia voltado.

Matheus perdeu parcialmente a visão e teve de voltar à quimioterapia em janeiro de 2017 e Calebe chegou a ter uma hemorragia cerebral antes de ter de retomar o tratamento em maio.

A situação mais grave agora é do mais velho e por isso, Márcia Fernandes Macedo, 36 anos, decidiu ir às redes sociais e procurar a imprensa para sensibilizar as pessoas a se incluírem no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).

“Como ela não tem rede social, eu decidi partir para a briga. Precisamos encontrar um doador para o Matheus, porque na quinta-feira [26 de outubro] o médico deu o diagnóstico de que ele precisaria de um transplante de medula”, explica Márcia.

Em Mato Grosso do Sul são hoje cerca de 158 mil doadores voluntários no Redome, mas as mães querem contribuir para engrossar este número.

A mãe do amiguinho de Calebe diz que em poucos dias, a postagem no Facebook repercutiu e que várias pessoas estão fazendo contato. “Eu penso assim: e se fosse meu filho? É assim que as pessoas deveriam pensar”.

Os meninos vivem de médico em médico, exame em exame e se encontram nas sessões de quimioterapia. As famílias se conheceram há três anos em uma das salas do Hospital de Câncer Alfredo Abrão.

As mães revelam que apensar da infância sofrida, a amizade do dois os fortaleceu e ajudam os meninos a manter a alegria de ser criança. “Meu filho corre, brinca. Só não vai para a escola mais, por causa do problema na visão e porque precisa se recuperar”, conta Ruth Vargas Bezerra, 32.

Doação de medula – Quando o paciente não tem um doador compatível na família, a equipe médica apela para o banco de dados do Redome. A melhor forma de ajudar o Matheus e outras pessoas que precisam de um transplante de medula, portanto, é se incluir no cadastro nacional.

No Estado, a inclusão pode ser feita nos bancos de coleta de sangue. Em Campo Grande, o principal ponto de cadastramento é o Hemosul (Centro Hematologia Hemoterapia de Mato Grosso do Sul), que fica na avenida Fernando Corrêa da Costa, 1.304, e atende pelo 3312-1500.

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