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Capital

PF pericia 40 celulares e HDs de supostos envolvidos em desvios

Paulo Yafusso | 10/06/2016 17:32
Celulares apreendidos estão sendo periciados com uso de equipamento israelense (Foto: Paulo Yafusso)
Celulares apreendidos estão sendo periciados com uso de equipamento israelense (Foto: Paulo Yafusso)

A PF (Polícia Federal) já iniciou a perícia nos cerca de 100 HDs, pen-drives e cartões de memória, além de aproximadamente 40 celulares apreendidos durante a Operação Fazendas de Lama, deflagrada há exatamente um mês e que resultou na prisão temporária de 15 pessoas. Oito delas continuam presas preventivamente e não conseguiram HC (Habeas Corpus) no TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região e no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Nesta fase os peritos criminais federais da área da informática estão realizando a triagem do material apreendidos. A perícia nas peças de informática está sendo feita em equipamentos de última geração, o Tableau TD3, que chegaram há pouco mais de um mês na Superintendência Federal em Campo Grande.

Já os celulares estão sendo periciados com o uso do equipamento Ufed Celebrite, de fabricação israelense e usada também pelo FBI e Cia. Ele possibilita a extração até mesmo vídeos e textos deletados. Esse mesmo tipo de equipamento foi usado pelo IC (Instituto de Criminalística) na realização de perícias nos celulares apreendidos na Operação Coffee Break, deflagrado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em agosto do ano passado.

Segundo os peritos criminais federais Marcelo Abdalla e Pedro Monteiro da Silva Eleutério, no momento estão sendo feitas as extrações dos dados contidos nos equipamentos de informática e celulares apreendidos na Operação Fazendas de Lama.

Posteriormente tudo que for extraído será relatado para a equipe que atua na investigação da Fazendas de Lama, para que a partir daí seja definido o que será utilizado como prova material do inquérito, e feita a seleção do material passará a compor o inquérito. Não há previsão de conclusão da perícia.

A Operação – Na Fazendas de Lama, realizada no dia 10 de maio deste ano, foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 28 mandados de busca e apreensão e 24 mandados de sequestro de bens. A ação contou com a participação de 201 policiais federais, 44 servidores da Receita Federal e 28 da Controladoria-Geral da União. Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Rio Negro (MS), Maringá e Curitiba (PR) e Presidente Prudente e Tanabi (SP).

Nesta fase a investigação está concentrada na apuração de como o dinheiro desviado dos cofres públicos era utilizado. Pelo que foi informado pelos órgãos responsáveis pelo trabalho, o dinheiro era usado na compra de imoveis, principalmente de fazendas, daí a operação ter sido batizada de Fazendas de Lama.

Oito pessoas continuam presas: O dono da Proteco, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, a filha dele, Ana Paula Amorim Dolzan, Elza Cristina Araújo, sócia de Amorim na Proteco. Edson Giroto, ex-secretario estadual de Infraestrutura e ex-deputado federal, a mulher dele, Rachel de Jesus Portela Giroto, Wilson Roberto Mariano, o Beto Mariano, servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) e a filha dele, Mariane Mariano de Oliveira, além de Flávio Henrique Scrocchio, empresário de Tanabi (SP) e cunhado de Edson Giroto.

Vencido a prisão temporária, válida por cinco dias, a PF pediu a conversão em prisão preventiva de João Amorim, Edson Giroto, Beto Mariano, Flávio Scrocchio, que estão no Centro de Triagem. Também estão presas preventivamente mas cumprindo em regime domiciliar, Ana Paula Dolzan, Elza Cristina dos Santos, Mariane Mariano e Rachel Giroto. Como eles tiveram os pedidos de HC rejeitados pelo TRF3 e STJ, os advogados devem entrar com o pedido agora no STF (Supremo Tribunal Federal).

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