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Capital

Pichado, Aquário tem segurança, mas sem câmera de monitoramento

Governo calcula valor de licitação para concluir obra que se arrasta desde 2011 em Campo Grande

Aline dos Santos | 07/01/2019 10:21
Cúpula do Aquário, nos altos da avenida Afonso Pena, exibe pichação (Foto: Gabriel Marchese)
Cúpula do Aquário, nos altos da avenida Afonso Pena, exibe pichação (Foto: Gabriel Marchese)

Apesar de o Aquário do Pantanal exibir pichação na cobertura metálica, indicativo de abandono, a Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) informou nesta segunda-feira (dia 7) que a obra tem segurança. Contudo, sem câmeras de monitoramento, o que impede identificar quando foi feita e o autor.

A conclusão do empreendimento, que fica nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, deve ser licitada neste ano, com lançamento do edital ainda em janeiro.

Com custo estimado em R$ 230 milhões, ainda é calculada a quantia necessária para fim da obra. “Estamos fazendo o orçamento de todos os itens para ter o valor. Mas é uma obra atípica. Poucas empresas no Brasil têm experiência para fazer aquário. Vamos ter atenção especial diária”, afirma o titular da Seinfra, Murilo Zauith.

A saga da gigante elipse começou em fevereiro de 2011, quando a Egelte Engenharia venceu licitação para construir o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, nome oficial do aquário, por R$ 84 milhões.

Em 2014, a construção foi repassada em subempreita para a Proteco Construções. No ano de 2016, o empreendimento voltou para a Egelte. Entretanto, apesar da reativação de contrato, a obra não caminhou de fato. Em 22 de novembro de 2017, o governo estadual confirmou o rompimento do contrato com a Egelte, alegando que a empresa não tinha condições de concluir a obra.

Segunda colocada na licitação, a Travassos e Azevedo havia cotado, em 2011, seus serviços em R$ 88 milhões. Chamada para assumir o serviço em novembro de 2017, ela recusou o contrato. Neste cenário, surgiu um grande acordo entre o atual governo, MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado).

Foi apresentada à Justiça a proposta de dispensar a licitação e concluir o Aquário do Pantanal por meio de contratação direta com duas empresas, ao custo de R$ 38,7 milhões. Apesar das tentativas de fazer a obra com dispensa de licitação, a decisão do governo de lançar processo licitatório.

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