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Capital

"Pior coisa da minha vida": pai acompanha buscas pelo filho no Rio Anhanduí

Adolescente desapareceu na última quinta-feira (21), após entrar na água com mais quatro amigos

Por Bruna Marques e Antonio Bispo | 25/09/2023 08:40
Camiseta e chinelo de Kauan foram encontrados na beira do rio (Foto: Henrique Kawaminami)
Camiseta e chinelo de Kauan foram encontrados na beira do rio (Foto: Henrique Kawaminami)

Quieto e atento, parado em frente ao Rio Anhanduí, Wellyngton Santos da Silva, 37 anos, pai de Kauan Rios da Silva, 14, adolescente que se afogou na última quinta-feira (21), acompanha as buscas dos mergulhadores do Corpo de Bombeiros, na manhã desta segunda-feira (25).

Abalado com o fato de o filho não ser encontrado com vida, o homem que trabalha como pintor revelou que a situação “não é fácil, a pior coisa da minha vida”.

As buscas por Kauan começaram nas primeiras horas desta manhã. Três militares do Corpo de Bombeiros chegaram na Rua Sebastião Ferreira vestidos com roupa de mergulho e um barco.

A camiseta amarela e o chinelo preto que Kauan usava no dia em que sumiu foram encontrados às margens do rio nesta manhã.

O pai do adolescente revelou para a reportagem que é nascido e criado no Bairro Parque do Lageado, região onde Kauan desapareceu. Segundo ele, o menino sabia do perigo que o rio oferece, por isso, era proibido de entrar na água.

Wellyngton Santos da Silva, pai do adolescente acompanhando as buscas pelo filho (Foto: Henrique Kawaminami)
Wellyngton Santos da Silva, pai do adolescente acompanhando as buscas pelo filho (Foto: Henrique Kawaminami)

“Eu sei que aqui é muito perigoso, não o deixava vir para cá. Se vinha, vinha escondido. Você sabe como criança é, ele não podia vir aqui, se vinha era escondido”, afirmou Wellyngton.

A casa de uma moradora da região está servindo de acesso para a equipe de resgate. A mulher, que não quis se identificar, mora há 4 anos no local. Conforme contou, o rio é perigoso, mas mesmo sabendo dos riscos, a população insiste em frequentar.

“Todos os dias tem movimentação de pessoas aqui, mas no fim de semana o pessoal faz de balneário. Trazem churrasqueira, caixa de som, fazem uma bagunça”, afirma.

Ainda segundo relato, as pessoas costumam usar uma corda que está amarrada na árvore às margens do rio para se pendurar e cair na água. “Na queda da cachoeira é um poço bem fundo, a gurizada gosta de usar aquela corda como tirolesa. Só que dizem que no fundo forma um redemoinho e é perigoso”.

A mulher acredita que o menino não esteja mais por perto de onde ele caiu. “Com certeza ele desceu e está depois da ponte”, finalizou.

Corda pendurada em árvore que é usada como tiloresa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Corda pendurada em árvore que é usada como tiloresa. (Foto: Henrique Kawaminami)

Sumiço - Kauan Rios da Silva está desaparecido desde a última quinta-feira (21), após sair da casa que mora com o pai e os avós, no Bairro Parque do Lageado, em Campo Grande, para ir à escola e não voltar.

O pai do menino registrou boletim de ocorrência de desaparecimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, no domingo.

Segundo foi informado pelo pai do adolescente, no registro policial, no dia que o menino desapareceu, ele saiu de casa usando camiseta, short jeans e chinelo preto. “Não teve motivo nenhum, ninguém brigou com ele, quando ele saía ele voltava tarde, mas voltava e agora não voltou”, afirmou Wellyngton.

Os pais de Kauan chegaram a procurar pelo menino na Santa Casa e delegacia.

Bombeiros contam com o apoio de barco para ajudar nas buscas. (Foto: Henrique Kwaminami)
Bombeiros contam com o apoio de barco para ajudar nas buscas. (Foto: Henrique Kwaminami)

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