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Capital

Plano do PCC para libertar líder foi achado em computador de advogada de MS

Kássia Regina defendia presos ligados ao PCC em penitenciária estadual de Campo Grande e em presídios federais

Viviane Oliveira | 12/08/2022 10:12
Kássia Regina foi presa na quarta-feira em Três Lagoas, durante operação da Polícia Federal. (Foto: reprodução / rede social) 
Kássia Regina foi presa na quarta-feira em Três Lagoas, durante operação da Polícia Federal. (Foto: reprodução / rede social)

Informações apuradas pela PF (Polícia Federal) indicam que o PCC (Primeiro Comando da Capital) levantou os nomes de servidores públicos federais para sequestrá-los e usá-los como “moeda de troca” na libertação de Marco Willians Herbas Camacho, de 54 anos, o Marcola.

Segundo divulgado pelo colunista Josmar Jozino, do Portal Uol, essas informações foram coletadas após análise dos dados armazenados em computadores da advogada Kássia Regina Brianez Trulha de Assis, de 41 anos, presa na última quarta-feira (10) em Três Lagoas, distante 327 quilômetros de Campo Grande, durante a Operação Anjos da Guarda, deflagrada contra o plano de resgate de lideranças do PCC.

Ainda de acordo com as investigações da PF, no relatório analisado havia um recado dizendo que caso não houvesse a negociação após o sequestro dos servidores, eles deveriam ser assassinados.

Kássia defendia presos ligados ao PCC em penitenciária estadual de Campo Grande e em presídios federais. A advogada passou por audiência de custódia ontem (11) e teve a prisão mantida pela Justiça. Ela está detida na sala de Estado-Maior destinada à prisão de advogados. A sala fica no Presídio Militar de Campo Grande, no Jardim Noroeste.

Além de Marcola, os outros presos alvos do resgate seriam, conforme a PF, Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal, condenado pela morte do juiz Antônio José Machado Dias, em março de 2003, em Presidente Prudente, a mando do PCC; Valdeci Alves dos Santos, o Colorido; Esdras Augusto do Nascimento Júnior; e Edmar dos Santos, o Quirino. Todos estão presos em presídios federais.

O advogado que faz a defesa de Kassia, Geilson da Silva Lima, disse que já pediu à Justiça a prisão domiciliar da advogada, porque ela tem um filho menor com problemas de saúde. O pedido ainda não foi analisado. Indagado sobre as informações contidas no computador de sua cliente apreendido pela PF, ele afirmou desconhecer essa informação.

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