PM diz que reforçou rondas com 6 viaturas extras e mais de 100 abordagens
As principais queixas são a falta de segurança, furtos, uso de drogas em praças e prédios abandonados
Desde o início da Operação Sinergia, em 9 de junho, a PM (Polícia Militar) tem reforçado a presença policial na região central de Campo Grande com efetivo extra e seis viaturas, três pela manhã e três à tarde. A intensificação dura cerca de três a quatro horas por turno.
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Polícia Militar intensifica policiamento no centro de Campo Grande com seis viaturas extras e mais de 100 abordagens diárias. A Operação Sinergia, iniciada em 9 de junho, visa combater crimes como furtos e receptação, além de recolher armas brancas. A PM afirma que crimes violentos não são frequentes na região. Apesar do aumento da presença policial, a abordagem a pessoas em situação de rua depende de fundada suspeita, de acordo com a PM. A Secretaria de Assistência Social realiza atendimento diário a esse público, mas o acolhimento não é obrigatório. Comerciantes demonstram percepções distintas sobre a efetividade da operação. A PM incentiva a população a registrar ocorrências para direcionar as ações policiais.
As principais queixas dos moradores e dos comerciantes são a falta de segurança, furtos, uso de drogas em praças e prédios abandonados, além da cobrança por ações para retirar pessoas em situação de rua do entorno comercial.
Segundo o aspirante Leonardo Matheus Hickmann, do 1º Batalhão, entre 100 e 200 abordagens são feitas diariamente na região central. Facas e até lanças são recolhidas com frequência durante as abordagens, mas, apesar do volume, os crimes mais comuns na região central são de menor potencial ofensivo, como furtos de fios, eletrodomésticos e casos de receptação. Crimes violentos, conforme a PM, não são recorrentes na área. "Tem viatura o tempo todo no Centro", disse.
Quanto às pessoas que vivem em situação de rua, o aspirante destaca que nem tudo está sob a responsabilidade da corporação. “Não posso abordar a mesma pessoa cinco vezes ao dia só porque ela está ali. A abordagem precisa ter fundada suspeita, tem que ter denúncia ou comportamento que justifique. Tem coisas que a gente não pode fazer”, explicou.
A comerciante Jucilene Barbosa, de 30 anos, percebeu mudanças desde o reforço da segurança. “Até os andarilhos deram uma sumida”, afirmou. Já Julineia Quirino Vieira, que tem uma tapiocaria na mesma rua há quase 20 anos, ainda não notou diferença.
Indagada, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) informou que o atendimento a pessoas em situação de rua é feito diariamente pelo SEAS (Serviço Especializado em Abordagem Social). A atuação é constante, especialmente na região central. A pasta reforça que o acolhimento não é obrigatório e muitos recusam a ajuda, inclusive pessoas que têm casa, mas preferem estar nas ruas por escolha própria ou necessidade financeira.
No caso de dependentes químicos, a secretaria relata que muitos resistem à internação em comunidades terapêuticas por não se sentirem prontos para iniciar o tratamento. A Polícia Militar reforça que a população deve registrar crimes ou situações suspeitas nas delegacias ou pelo número 190, para que as ações continuem sendo orientadas de forma eficiente e dentro da legalidade.
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