Rotas Bioceânica e da Celulose puxam debate sobre trabalho sustentável em MS
Diretor da Fiems destaca que tema exige sensibilidade por parte das empresas e trabalhadores
A Rota Bioceânica e a Rota da Celulose são dois projetos que impulsionam a industrialização e a empregabilidade em Mato Grosso do Sul, mas, com esse crescimento, é necessário conscientizar empresas e trabalhadores sobre a sustentabilidade de forma geral. Esse foi mais um dos tópicos discutidos no encontro promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região na tarde desta sexta-feira (27), em Campo Grande.
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O diretor de Sustentabilidade da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Robson Del Casale, esteve entre os palestrantes convidados para o evento, que reuniu juristas, advogados, pesquisadores e outros especialistas nos temas de trabalho e meio ambiente.
“A sustentabilidade da Indústria de MS e o mercado de trabalho” foi o tema da palestra conduzida por Robson. À reportagem do Campo Grande News, ele destacou que o assunto influencia a vida das pessoas e, principalmente, dos trabalhadores do setor, mas que poucos têm esse entendimento.
“Um dos nossos desafios é conseguir construir um processo de sensibilização no empresário e no trabalhador, para que se apropriem desse momento que o Estado está vivendo, de crescimento acelerado, mas também de políticas modernas e de uma discussão mais atual sobre a sustentabilidade”, afirma.
Embora considere que ainda são necessários avanços para a preservação ambiental no processo industrial, o diretor menciona medidas que já vêm sendo adotadas por empresas no Estado.
“Existem políticas públicas robustas que olham para a produção sustentável, para o processo logístico e para as próprias empresas, que têm buscado transportar a celulose produzida aqui utilizando veículos que emitem menos gases de efeito estufa”, declara.
Um exemplo são os hexatrens utilizados pela Suzano na unidade de Três Lagoas, ligada à Rota da Celulose. Com capacidade para transportar até 200 toneladas por viagem, esses veículos contribuem para a redução de 35 tritrens nas rodovias, trazendo ganhos operacionais e ambientais.
Outro ponto citado por Robson é que algumas empresas já estão aplicando medidas para garantir condições de trabalho mais seguras para os funcionários, como a oferta de uniformes adaptados para proporcionar conforto térmico aos trabalhadores.
Essa prática vai de encontro com a mensagem que o diretor busca passar através do trabalho na Fiems e que foi levada hoje para a Justiça do Trabalho.
“A gente tem avançado bastante na qualidade desse trabalho e, principalmente, levado para as empresas políticas de atuação voltadas para a sustentabilidade e para a conscientização dos trabalhadores. Não apenas em relação ao trabalho deles, mas ao processo industrial como um todo”, comenta.
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