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Capital

Vídeo mostra momento em que aluna é esfaqueada por colega na saída de escola

A vítima foi socorrida e passou por cirurgia; A família registrou boletim de ocorrência contra a agressora

Por Bruna Marques | 26/06/2025 13:47


RESUMO

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Adolescente de 15 anos é esfaqueada por colega na saída de escola em Campo Grande. A agressão, ocorrida na quarta-feira (25), foi filmada por outros alunos e mostra a vítima sendo atingida por uma faca após uma briga. Testemunhas afirmam que a agressora, que já teria histórico de violência em outras escolas, atacou a vítima por achar que estava sendo encarada. A vítima foi socorrida e passou por cirurgia. A família registrou boletim de ocorrência e aguarda posicionamento da escola e da Secretaria de Educação. O irmão da vítima relata que ela está em choque e que a família está abalada com a violência. A escola entrou em contato com a família, mas o paradeiro da agressora ainda é desconhecido.

Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que uma briga entre alunas da Escola Estadual Ulisses Serra, no Núcleo Industrial Indubrasil, em Campo Grande, termina com uma adolescente de 15 anos sendo esfaqueada. O fato ocorreu nesta quarta-feira (25),  às 22h30, na Rua Roda Velha, logo após a saída das aulas, do lado de fora do portão.

As imagens foram gravadas por outros estudantes e mostram as duas adolescentes saindo no tapa. A menina que veste um casaco branco cai por cima da outra, saca uma faca do bolso e atinge a vítima. No início do vídeo, outra aluna ainda tenta separar a briga, sem sucesso. Em seguida, ao perceber que a colega foi ferida, um menino intervém e empurra a agressora, que cai no chão. Cerca de 10 jovens presenciam a cena.

O vídeo termina com a vítima sendo amparada por dois colegas. No áudio, é possível ouvir um menino dizer “ai, não, louco” e outra garota comentar “arrancou sangue”.

Segundo uma testemunha, comerciante de 33 anos, a briga teve início dentro da escola. A agressora, identificada como a aluna de casaco branco, já teria histórico de comportamento violento e até sido expulsa de outra unidade escolar. Ainda conforme o relato, o motivo do ataque seria banal: ela achou que a vítima a teria olhado “de cara feia” e prometeu “pegar ela” na saída.

A mulher contou que ouviu gritos de socorro e correu até o local. “Não pensei duas vezes. A menina deu uma facada na cabeça e na mão dela. O ferimento atingiu o tendão da mão, ela passou por cirurgia. Rasparam a cabeça dela para acessar o ferimento. Ela estava toda ensanguentada”, relatou.

A adolescente ferida foi socorrida ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Santa Mônica e depois transferida ao hospital. “Em todo momento me pedia para não abandonar ela. O pai dela foi para a Santa Casa e eu só saí de lá quando ele chegou”, completou.

Ela ainda desmentiu boatos de que a briga teria sido motivada por disputa amorosa. “Não foi por briga de menino, como estão falando nos grupos. A menina não teve culpa. Estou até agora com os gritos dela na cabeça, pedindo ajuda. Ela é tão magrinha, pequena, a outra dá duas dela”, relatou.

Estado de choque - O irmão da vítima conversou com o Campo Grande News nesta tarde e relatou o momento em que soube do ataque. Segundo ele, por volta das 22h41 de ontem, recebeu uma mensagem da irmã contando que havia sido esfaqueada. “Fui a primeira pessoa que ela entrou em contato depois que aconteceu. Eu a esperava em casa para ela jantar, tomar banho e dormir. Cuido dela desde sempre”, disse.

Ainda conforme o relato, a adolescente sofre de ansiedade, condição que se agravou após o ataque. “Ela sofreu uma tentativa de homicídio. Foi muito grave, se ela não tivesse sido socorrida por vizinhos e pessoas de bem, o pior podia ter acontecido.”

Emocionado, o irmão desabafou sobre o impacto da violência: “Foi muito triste, eu estou em choque. A gente não espera esse tipo de coisa. A gente pensa ‘meu Deus, ela vai para a escola em segurança’, espera que volte da mesma forma, mas infelizmente ontem não foi o que aconteceu.”

Ele informou que a família já registrou um boletim de ocorrência contra a agressora. A jovem, que está no Ensino Médio, segue internada e deve passar por cirurgia na mão. Ela mora com o irmão e a mãe, e estuda no período noturno porque não havia vaga na escola durante a manhã ou à tarde.

Sobre o motivo do ataque, o irmão relatou o que foi repassado à família. “Essa moça que estava com a faca encucou que a minha irmã estava olhando feio para ela. E ela respondeu ‘eu não te olhei’. Elas estavam no ponto de ônibus quando isso aconteceu. Isso foi o que chegou para mim, mas eu não estava presente.”

Ao saber da gravidade das agressões, o irmão ficou abalado. “Quando me falou que levou facada na cabeça, perdi o chão. Minha irmã tentou se defender a todo tempo. Eu vi o vídeo e nem tenho estômago para ver de novo. Estamos em choque. Minha irmã é muito gente boa, tem boa índole, tem o sonho de estudar, fazer faculdade, trabalhar.”

Ele também disse que a escola entrou em contato por telefone, mas que a família ainda não sabe do paradeiro da agressora.

A reportagem entrou em contato com a SED (Secretaria de Estado de Educação) que enviou nota garantindo que acompanha o caso e colabora com a apuração junto aos órgãos policiais. "A direção da escola segue o protocolo estabelecido pela Rede Estadual de Ensino, conforme previsto no Regimento Escolar. Os pais ou responsáveis dos envolvidos já foram acionados e serão orientados sobre o conflito e sua motivação, com todos os procedimentos devidamente registrados pela equipe gestora."

Segundo a SED, o caso foi inserido no Sistema de Notificação de Ocorrências Escolares (SNOE) e encaminhado ao Conselho Tutelar. A Polícia Militar, por meio da Ronda Escolar, foi acionada, e a Polícia Civil já está tomando as providências cabíveis.

Para prevenir brigas e agressões no ambiente escolar, a SED diz que oferece orientações, manuais e ações específicas sobre condutas e encaminhamentos adequados.

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