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Capital

PM que atirou em homem durante briga em bar é condenado a 5 anos

Sentença inclui indenização de R$ 10 mil à vítima e possibilidade de recurso

Por Gustavo Bonotto | 02/03/2025 13:59

A Justiça sul-mato-grossense condenou o policial militar Guilherme Santos Farias, policial militar, a 5 anos e 2 meses de reclusão em regime semiaberto por atirar contra um homem, durante confusão em bar da Capital. A sentença foi definida na sexta-feira (28), em Campo Grande, e é passível de recurso.

Conforme os autos processuais, o réu alegou legítima defesa, mas o juiz considerou que não havia risco de agressão e que a ação foi motivada por um desentendimento anterior.

O crime aconteceu em um bar no bairro Santo Antônio e a vítima precisou de cirurgia para tratar dos ferimentos. Farias, que é policial militar, foi preso em flagrante e liberado posteriormente após habeas corpus.

Na decisão, o juiz destacou o caráter torpe da ação e a gravidade das consequências, que incluíram risco de morte para outras pessoas presentes no local.

Além da pena de prisão, o PM foi condenado a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais à vítima, com correção monetária desde a data da decisão. A defesa do militar, no entanto, pode recorrer da sentença.

Entenda - O crime ocorreu no dia 21 de março de 2024, na Rua Cruzeiro do Sul, no Bairro Santo Antônio, em Campo Grande. Segundo a denúncia, o PM estava em uma mesa do bar, acompanhado de outros quatro militares, quando a vítima tenta dar um soco contra um dos homens.

No entanto, se desequilibrou e caiu no chão, momento em que Guilherme se levantou, já pegando a arma na cintura. Uma mulher tentpi segurá-lo, mas ele disparou contra a vítima, atingida no tórax. Na sequência, a mesma mulher dá tapas nas costas do PM que atirou, aparentemente assustada com a situação.

Aos policiais que atenderam a ocorrência, Guilherme disse que a arma disparou sem querer, enquanto a mulher tentava segurá-lo. Já para a delegada Joilce Ramos, que atendeu a ocorrência, Santos disse que agiu em legítima defesa.

As imagens obtidas pela reportagem mostram que ele se levanta já tirando a arma da cintura. A delegada entendeu que não houve legítima defesa e deu voz de prisão a Guilherme por tentativa de homicídio qualificado e perturbação do sossego.

À época dos fatos, a vítima foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em estado grave e encaminhada ao pronto-socorro da Santa Casa de Campo Grande.

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