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Capital

PMs agiram com “legalidade” e “moralidade” em caso de PRF, diz associação

MPE pediu que policiais sejam investigados por prevaricação e favorecimento pessoal

Luana Rodrigues | 05/01/2017 14:37
Policiais na hora e local do crime. (Foto: Alcides Neto)
Policiais na hora e local do crime. (Foto: Alcides Neto)

Depois de entidades saírem em defesa do juiz e da delegada responsáveis pelo caso do policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos, que matou o empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33 anos a tiros, agora a ASPRA/MS (Associação de Praças da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) manifesta apoio aos policiais que participaram do flagrante.

De acordo com nota divulgada pela diretoria da entidade nesta quinta-feira (5), “a atuação dos policiais militares do Estado de Mato Grosso do Sul está alicerçada nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e no dever ético-policial, que impõe ao militar de serviço a obrigação de cumprir e fazer cumprir às leis, os regulamentos, às instruções e às ordens das autoridades competentes, sem distinção de qualquer natureza, seja ela, de cor, raça, religião ou classe social.”

Ainda conforme o documento, os policiais teriam adotado todos os procedimentos necessários, seguindo manuais de atendimento de ocorrências dessa complexidade.

“Isolaram e preservaram o local do crime até a chegada da perícia e da autoridade competente, providenciaram atendimento médico aos feridos, identificaram eventuais testemunhas que estavam no local, garantiram a integridade física dos envolvidos e, por fim, encaminharam às partes para a delegacia, local em que foram tomadas às demais providências legais”, escreveu a entidade.

Para a associação, não há motivos para se cogitar prática dos crimes de prevaricação - quando funcionário público retarda ou deixa de praticar ato de ofício - e favorecimento pessoal por parte dos agentes militares, como foi sugerido pelo MPE (Ministério Público Estadual), na representação pela prisão do autor. “Uma vez que todas as ações foram praticadas nos estritos e escorreitos limites da lei e dos procedimentos de atendimento de ocorrências.”

Favorecimento - Em documento divulgado nesta quarta-feira (04), os promotores que investigam o caso solicitaram à Corregedoria da Polícia Militar que seja instaurado um inquérito policial para apurar eventuais crimes de prevaricação e favorecimento pessoal dos policiais militares Jose Casupacio Andrade e Ianderson de Souza Queiroz, e demais agentes da lei que compareceram no local do crime, por terem dado voz de prisão ao autor.

Segundo o MPE, apesar do registro informar que Ricardo foi conduzido pela PM (Polícia Militar), ele compareceu à delegacia de forma espontânea, onde recebeu a voz de prisão em flagrante. Também é destacado que o crime foi às 5h40 e o depoimento do policial foi encerrado às 12h55. Para a promotoria, “indício de que houve atuação irregular” em favor de Ricardo.

Outro fato é de que nos vídeos e fotos, o policial aparece de camiseta listrada e a calça da farda. Mas na delegacia, trajava a farda completa. Ainda segundo o MPE, o preso deu versões fantasiosas e pode ter sido ajudado por outras pessoas a enganar o poder público.

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