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Capital

Pneus e carcaças de TV são vilões em bairros com alta incidência de dengue

Campo Grande registrou 15.118 notificações de dengue até a última sexta-feira

Aline dos Santos e Geisy Garnes | 31/03/2019 10:43
Pneu é recolhido por agente durante mutirão contra a dengue neste domingo. (Foto: Paulo Francis)
Pneu é recolhido por agente durante mutirão contra a dengue neste domingo. (Foto: Paulo Francis)

Alvos de mutirão neste fim de semana, os bairros Mário Covas e Paulo Coelho Machado, que registram alto índice de dengue, também chamam atenção pela quantidade de pneus e carcaças de televisão recolhidos. Desde 8 de março Campo Grande decretou epidemia da doença.

“Encontraram muita carcaça de televisão abandonada em terreno baldio, nos surpreendeu mesmo”, afirma o gerente técnico de controle de vetores, Vagner Ricardo dos Santos. As televisões de tubo são abertas, os materiais retirados e as carcaças deixadas expostas ao tempo.

Os agentes também recolheram grande quantidade de pneus, velhos conhecido por acumular água e se tonarem criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e a febre chikungunya. Um dos pontos com pneus abandonados foi um depósito no Paulo Coelho Machado, onde provavelmente funcionou uma rinha de galos, o que é proibido.

De acordo com o assessor técnico Lourival Araújo, o material recolhido no sábado (dia 30) encheu um caminhão e meio. A expectativa é que o mutirão, que termina neste domingo, recolha mais de três toneladas de lixo.

O trabalho é feito durante a manhã e reúne 60 agentes. A força-tarefa contra a dengue também conta com chaveiro para abrir imóveis fechados. A Justiça autorizou a medida diante do cenário epidêmico. Agente de combate a endemias, Robson Guarte de Oliveira usa os conhecimentos de chaveiro para permitir o acesso aos imóveis.

O Campo Grande News acompanhou a entrada em uma casa no Mário Covas, ainda em fase de obras. O local tinha muito entulho e material plástico, que foram recolhidos.

O combate à dengue põe os agentes diante do drama dos usuários de drogas. “Muitas das casas fechadas viram abrigo para usuários de drogas, acabam deixando muito lixo, roupa e plástico. Materiais que acumulam água”, conta Robson.

Os mutirões são realizados aos fins de semanas nos bairros com maior notificação de dengue. Parte do lixo é embalada e destinada à coleta do lixo doméstico, enquanto materiais como pneus são recolhidos pela equipe de agentes.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Campo Grande registrou 15.118 notificações de dengue até sexta-feira (dia 29). Com a situação de emergência, a prefeitura pede R$ 28 milhões ao Ministério da Saúde para enfrentar a doença.

Carcaça de televisão é recolhida em limpeza nos bairros da Capital. (Foto: Paulo Francis)
Carcaça de televisão é recolhida em limpeza nos bairros da Capital. (Foto: Paulo Francis)
Robson abre imóvel fechado no bairro Mário Covas.  (Foto: Paulo Francis)
Robson abre imóvel fechado no bairro Mário Covas. (Foto: Paulo Francis)

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