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Capital

Polícia espera laudo para saber se indiciará agressores por homicídio

Vítima morreu nesta terça-feira (14), após ficar 11 dias internado por conta de 'brincadeira' com mangueira de ar em lava jato

Luana Rodrigues e Adriano Fernandes | 14/02/2017 18:50
Delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DPCA. (Foto: Adriano Fernandes)
Delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DPCA. (Foto: Adriano Fernandes)

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Dpca (Delegacia de Proteção a Crianças e Adolescentes), responsável pelo inquérito que investiga a agressão que resultou na morte de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, disse aguardar laudo sobre a morte do garoto, ocorrida nesta terça-feira (14), para confirmar se irá indiciar os agressores por homicídio doloso ou lesão corporal.

Os dois suspeitos de terem cometido o crime contra o adolescente são Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, dono do lava jato, e Willian Henrique Larrea, 30 anos. Eles já foram ouvidos na Depca, onde o caso é investigado como lesão corporal grave.

“Só a partir da expedição deste laudo é que vamos conseguir dar andamento nesta investigação e pedir uma provável prisão do suspeito”, disse.

Apesar da espera pelo laudo, o delegado afirma que “há grande possibilidade” de os autores serem indiciados pelo crime mais grave, pois “assumiram o risco de matar a vítima”, explicou.

O laudo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) sobre a morte do garoto deve ficar pronto no prazo de dez dias.

Um exame preliminar ficou pronto nesta terça-feira (14) e apresentava lesões gravíssimas ao garoto. "O laudo já mostrava que o estado dele era crítico e previa, inclusive, o óbito", afirmou Lauretto.

O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos, no dia 3 deste mês, mesmo dia que ocorreu o crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.

Morte - Wesner teve uma hemorragia grave e uma parada cardiorespiratória. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, onde o adolescente de 17 anos estava internado há 11 dias, ele morreu às 13h35 desta terça-feira (14) depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.

No período em que esteve internado, o adolescente já havia passado por dois procedimentos cirúrgicos após perder metade do intestino grosso em decorrência da agressão.

Em termos técnicos, Wesner morreu após sofrer um choque hipovolêmico (grande sangramento na região toráxica) seguida de parada cardiorespiratória.

Ainda conforme a assessoria do hospital, até ontem, Wesner estava em uma das enfermarias e o quadro de saúde era considerado estável, embora médicos não tenham dado previsão de alta.

Hoje pela manhã, entretanto, ele vomitou e com suspeita de hemorragia interna foi encaminhado para a ala vermelha do hospital onde passou por uma endoscopia. Pouco tempo depois de fazer o exame, ele sofreu a parada cardíaca.

Há a suspeita de que a hemorragia seja em decorrência de uma lesão grave no esôfago, detectada pelo exame. Contudo, a causa certa da morte, segundo a assessoria de imprensa do hospital, só será determinada pelo médico legista.

O corpo está sendo preparado para ser encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).

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