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Capital

Polícia faz megaoperação após teste para cortar celular e risco de motim

Graziela Rezende | 21/02/2014 08:39
Helicóptero sobrevoando a unidade penal. Foto: Divulgação
Helicóptero sobrevoando a unidade penal. Foto: Divulgação

Na véspera de instalar bloqueadores de telefone celular no Complexo Penitenciário de Campo Grande e sob ameaça de motim dos presos da Máxima, a Polícia realiza mega operação para demonstrar força. Desde o início da manhã desta sexta-feira (21), militares da Tropa de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) estão no local e até contam com um helicóptero que sobrevoa o Estabelecimento Penal.

Além do treinamento, a ação visa “mostrar força” aos detentos, já que diariamente eles estariam realizando reuniões para articular uma reação ao bloqueio dos sinais da telefonia celular. Além disso, eles até realizaram "greve", como o não recolhimento do lixo, contra a medida. Ontem (20), por exemplo, o sinal permaneceu indisponível o dia todo no presídio. Em outros dias, o bloqueio de sinal foi feito de duas a três horas. 

Segundo o titular da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Wantuir Jacini, os policiais estão fazendo um treinamento e, caso seja necessário intervir em um possível motim de presos, eles já estarão preparados. “É um treinamento, mas se houver necessidade de agir, estamos prontos”, afirma o secretário.

Por questões de segurança, a assessoria de comunicação da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) diz que não divulgará informações sobre a data da instalação dos bloqueadores.

Flagrante - Ainda na noite de ontem, um adolescente foi flagrado no momento em que arremessava tabletes de maconha na unidade. Ele foi apreendido e encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga. Em depoimento, ele disse que receberia R$ 500 pelo serviço. O detento que “contratou” os serviços está sendo identificado.

Lixão a céu aberto - Na semana passada, cerca de dois mil detentos em Mato Grosso do Sul pararam de fazer a faxina nas celas. Elas ainda estavam acumulando todo o lixo e deixando comida estragada como forma de reivindicar melhorias.

Algo que não foi comentado por eles, de acordo com o presidente, a superlotação seria um motivo para protesto. “Eles, na maioria dos casos, estão em 20 pessoas na cela que deveria ter apenas seis presos. Isso é algo preocupante, até para os agentes penitenciários, que vivem em uma situação delicada”, disse o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores em Administração Penitenciária), Francisco Sanábria.

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