ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Policial que atirou na mulher estava separado há duas semanas

Danúbia Burema e Viviane Oliveira | 30/01/2011 08:49

Família garante que disparo não foi acidental, como alega o PM

Luciana era agente de saúde e estava separada do policial há duas semanas. (Foto: Orkut)
Luciana era agente de saúde e estava separada do policial há duas semanas. (Foto: Orkut)

O policial militar Paulo Cesar Lucas, de 42 anos, conhecido como soldado Lucas, preso nesta manhã após matar a mulher com um tiro no abdômen, em Campo Grande, estava separado dela há apenas duas semanas, depois de um casamento de 16 anos.

O casal tinha três filhos, a mais velha de 15 anos e outros de 11 e 12 anos. Segundo a família da vítima, Luciana Chaves Farias, de 35 anos, Paulo era violento e bebia muito.

O padrasto de Luciana, Luiz Carlos Batista, de 45 anos, conta que o PM já havia atirado na mulher, mas o disparo acertou o portão da casa. Luciana trabalhava como agente de saúde.

"Susto" - A versão do policial para o crime é de que ele dormia em um quartinho no bairro Coophavilla, quando a mulher chegou e arrombou a porta.

Sem saber que era ela, ele pegou a arma que estava ao lado da rede onde

dormia, e disparou acertando Luciana no abdômen.

Após o disparo, ele acionou o serviço de emergência e a mulher foi levada pelos Bombeiros ao posto de saúde do bairro Coophavilla, mas não resistiu ao ferimento.

Violência - Ao contrário do que alega o policial, a família de Luciana garante que o corpo tinha sinais de estrangulamento e um tiro nas costas.

Tio materno dela, o pedreiro Vanderley Pereira Chaves, de 51 anos, conta que viu o corpo da sobrinha no posto de saúde e ela tinha o pescoço inchado e estava com a língua para fora.

Por conta da alegação da família, a Polícia Civil solicitou que a perícia vá ao IML (Instituto Médico Legal) verificar se há esses indícios. Contudo, a informação do IML é que o corpo ainda não chegou ao local.

Conforme o delegado supervisor da Depac Piratininga, Silvério Arakaki, se for constatado que há sinais de violência na mulher, o policial terá lavrado o flagrante por homicídio doloso.

Enquanto isso, o soldado do 1º Batalhão da Coophavilla permanece na Depac, já acompanhado de advogado.

Nos siga no Google Notícias