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Capital

Policial que matou ladrão e jovem faz terapia e continua na ativa

Luana Rodrigues | 28/12/2015 10:59
Tiro traspassou vidro traseiro de carro e acertou a nuca do jovem, que morreu no hospital. (Foto: Fernando Antunes)
Tiro traspassou vidro traseiro de carro e acertou a nuca do jovem, que morreu no hospital. (Foto: Fernando Antunes)

O policial militar Flávio Luiz Galioto, 33 anos, está passando por tratamento com uma psicóloga após matar um jovem acidentalmente em um conflito com um assaltante, na véspera de Natal (24), em frente a uma conveniência na Avenida Coronel Antonino, em Campo Grande. O bandido também foi morto durante o tiroteio.

Flávio é lotado no Batalhão de Choque da PM e continua trabalhando normalmente após ocorrido, conforme o subcomandante da unidade, major Marcus Pollet. Ainda segundo o oficial, a passagem pela psicóloga é um procedimento de praxe, imposto a policiais que passam por situações semelhantes à que envolveram o policial.

O caso - De acordo com o delegado Nilton Pires Zalla, 43 anos, que atendeu o caso, o policial militar estava na conveniência quando presenciou a tentativa de assalto. Armado com revólver calibre 22, Fernando Trindade Gonçalves, 30 anos, abordou uma mulher de 44 anos e anunciou o assalto.

O PM, que estava à paisana, então, se identificou e mandou que o bandido largasse a arma. Porém, Fernando disparou contra o policial, que reagiu e atirou por quatro vezes.

Fernando foi atingido por dois tiros na perna e um na região do tronco. Ele morreu no local. Durante os disparos, Wendel, que conduzia um Celta de cor chumbo, estava parado no semáforo junto com a namorada, quando foi atingido na nuca. “O carro ainda andou por 300 metros, a namorada dele conseguiu parar o veículo e acionar socorro”. O jovem foi encaminhado à Santa Casa por volta da meia-noite.

Ainda segundo o delegado, por enquanto não se sabe quantos tiros o bandido disparou, mas pela lesão em Wendell tudo indica que o projétil partiu da arma do policial, uma pistola Ponto 40. “Foi uma fatalidade. O policial agiu por legitima defesa. Ele se apresentou como policial e pediu para o assaltante baixar a arma, mas ele não obedeceu e continuou ameaçando as pessoas que estavam em frente ao estabelecimento”, diz a autoridade policial.

O assaltante, que morreu no local, estava passando por tratamento para dependência química em Goiânia e chegou ontem à cidade. Ele tinha várias passagens pela polícia, entre elas roubo, furto, posse irregular de arma de fogo e violência doméstica.

O caso foi registrado como homicídio simples, lesão corporal culposa, roubo majorado pelo emprego de arma na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. O policial vai responder o inquérito em liberdade. As duas armas, tanto do ladrão, quanto do policial, foram apreendidas.

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