Por melhores salários, enfermagem do HU entra em greve na sexta-feira
Uma carreata também está marcada para a próxima quinta-feira (13) na Capital
Os profissionais da enfermagem dos hospitais universitários de Campo Grande e de Dourados entrarão em greve a partir da próxima sexta-feira (14). A paralisação foi acordada em assembleia no começo desta noite (11) e segue mobilização nacional. Em todo o país, parte dos profissionais que atuam em hospitais geridos pela EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) devem aderir a greve. Uma carreata também está marcada para a próxima quinta-feira (13) na Capital.
Conforme a organização do movimento a paralisação será organizada de maneira que não prejudique o atendimento aos pacientes. "Apenas 20% do efetivo de profissionais de UTI e pronto atendimento, por exemplo, podem participar para não colocar em risco o atendimento aos pacientes. Até quinta-feira (13) devemos ter concluído as escalas com a quantidade de profissionais que devem aderir ao movimento", comenta Wesley Cassio Goully, secretário geral do SINTSEP-MS (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal em Mato Grosso do Sul). Só no Hospital Universitário de Campo Grande, são cerca de 600 funcionários entre enfermeiros e auxiliares de enfermagem.
De acordo com Wesley a categoria cobra melhores salários e condições de trabalho. "O que os trabalhadores da EBSERH querem é ser tratados com mais dignidade e respeito nas negociações. Eles já estão há 2 anos sem reajuste salarial, e existe até uma proposta de 'adequação' por parte da empresa, para reduzir alguns salários em até 30%", completa.
Na próxima quinta-feira (13), uma carreata de apoio ao movimento está marcada para às 14h na Avenida Afonso Pena. A concentração "Carreata pela Enfermagem" será em frente ao Círculo Militar e o trajeto vai ser definido no local.
O movimento também tem o apoio de outras entidades que representam a categoria com Aben (Associação Brasileira de Enfermagem), Sinte PMCG (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem da Prefeitura Municipal de Campo Grande) e Sintesaúde MS (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul).
A reportagem entrou em contato com o Hospital Universitário que apenas ressaltou que a paralisação, não trará prejuízos para o funcionamento do hospital.