Prefeitura adia para junho de 2026 entrega da revitalização da antiga rodoviária
Motivo da prorrogação, segundo a prefeitura, é necessidade de licitação separada para sistema de ventilação
Novo atraso provocado pela compra do novo sistema de ar-condicionado, a revitalização da antiga rodoviária de Campo Grande ganhou novo prazo de entrega e só deve ficar pronta em 30 de junho de 2026. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (11) pelo secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, durante vistoria e coletiva de imprensa dentro do prédio, em meio a boatos de que a obra estaria parada. Segundo Miglioli, os trabalhos seguem no local.
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A revitalização da antiga rodoviária de Campo Grande ganhou novo prazo de entrega, previsto para 30 de junho de 2026. O atraso foi causado pela necessidade de uma licitação separada para o sistema de ar-condicionado, avaliado em R$ 3,5 milhões. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, a obra está entre 70% e 80% concluída. O projeto, iniciado em julho de 2022, transformará o espaço em sede da Funsat e da Guarda Civil Metropolitana, além de abrigar 233 salas comerciais. A obra, orçada em R$ 16,5 milhões, inclui a revitalização de 5,1 mil m² de áreas comuns e 1.070 m² de nova construção, com instalação de elevadores, rampas de acesso e jardins contemplativos.
A obra começou em julho de 2022, com previsão de entrega para 26 de junho de 2023. Na época, porém, um problema no solo que não constava no projeto original fez com que o avanço físico estivesse em apenas 9% quando a data de conclusão chegou, provocando o primeiro grande atraso. Hoje, segundo Miglioli, o andamento está entre 70% e 80%.

O novo motivo da prorrogação é a necessidade de uma licitação separada para o sistema de ar-condicionado. “Nós prorrogamos o prazo por mais seis meses. Vamos trabalhar com o prazo até 30 de junho. Nós temos a questão do ar-condicionado, com uma licitação à parte. Isso atrasou. Infelizmente, tínhamos condições de terminar esse contrato até dezembro, mas surgiu esse problema e não tivemos outra alternativa, por questão legal”, explicou.
Segundo o secretário, o sistema é robusto e exigiu uma contratação no valor aproximado de R$ 3,5 milhões. O contrato inicial previa apenas R$ 1,8 milhão para as máquinas, o que não era suficiente para instalar todos os equipamentos. Além disso, como máquinas não são consideradas itens de obra civil, não seria possível colocá-las como aditivo no contrato original. Por isso, a prefeitura precisou abrir novo processo licitatório. “É um sistema muito pesado de ar-condicionado. Por isso não conseguimos encaixar no contrato original. Mas vai ser uma solução definitiva”, disse.
Apesar da nova contratação, Miglioli afirma que o valor final da obra - orçada em R$ 16,5 milhões - não deve aumentar. “Eu acredito que não, porque o que nós estamos acrescentando no valor do ar-condicionado nós estamos tirando de outros itens que nós não executamos. Então a expectativa é que no final a gente fique com o mesmo valor”, afirmou.
Durante a vistoria, o Campo Grande News acompanhou o giro técnico. A parte interna está praticamente pronta, faltando pintura e o fechamento dos forros, etapa que depende da instalação da tubulação do ar-condicionado. Do lado de fora, os serviços também avançam. Vendo de perto, o prédio impressiona pelo tamanho e pelo volume de intervenções.
O espaço, que também vai abrigar a Funsat e a base da Guarda Civil Metropolitana, inclui dormitórios, sala para armamento, banheiros novos, copa, escadas, elevador para cadeirantes e rampas de acesso que conectam o prédio ao comércio existente no térreo da antiga rodoviária.
As 233 salas comerciais, antes vendidas a partir de R$ 100 mil, hoje não têm nenhuma unidade disponível, segundo o síndico Paulo Pereira. “Não tem mais sala abaixo de R$ 100 mil. Algumas pessoas já adquiriram suas salas e alguns proprietários que estavam desaparecidos reapareceram”, afirmou no último dia 30. No local, já há banners de novos empreendimentos como cafeteria, banco digital, mercado e loja de cosméticos.
Localizado no quadrilátero formado pelas ruas Dom Aquino, Barão do Rio Branco, Vasconcelos Fernandes e Joaquim Nabuco, o prédio passa por revitalização completa das áreas comuns, que somam 5,1 mil m², além de 1.070 m² de nova construção na Rua Joaquim Nabuco. As antigas plataformas externas serão transformadas em um calçadão com jardins contemplativos, conectando a galeria comercial ao futuro prédio público.
Construído na década de 1970 e desativado como rodoviária em 31 de janeiro de 2010, o espaço acumulou projetos que nunca saíram do papel, como propostas de universidades, incubadora, restaurante popular e até prédio do Tribunal de Justiça. Agora, com mais uma prorrogação de prazo, a promessa é que tudo fique pronto em 30 de junho do ano que vem.
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