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Capital

Prefeitura estuda reajuste e tarifa do ônibus pode chegar a R$ 3

Aline dos Santos | 29/10/2014 11:48
Correção da inflação pode elevar tarifa a R$ 3. (Foto: Arquivo)
Correção da inflação pode elevar tarifa a R$ 3. (Foto: Arquivo)

O martelo ainda não foi batido, mas o valor da tarifa do transporte coletivo ruma para R$ 3 em Campo Grande. Após duas reduções, provenientes de redução de tributos, a passagem de ônibus custa R$ 2,70. Nesta quarta-feira, a composição da tarifa foi discutida em reunião na prefeitura. O valor não foi definido porque o prefeito Gilmar Olarte (PP) está em viagem e não participou da discussão.

“Não chegou ao valor porque o prefeito não está. Mas essa tarifa que ficou congelada por algum tempo só ficou retardada, uma hora vai ter que vir a correção. Tem como segurar, mas tem que definir o que prefere, ver se faz quatro ou cinco Ceinfs ou mantém a tarifa congelada. É uma decisão que não cabe à agência”, afirma o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Jean Saliba.

Segundo ele, os números apontam necessidade de correção de 9% a 10%, percentual que reflete a inflação acumulada. “A gente está mantendo no menor valor possível, concedendo as correções”, afirma.

Em 2012, a tarifa era de R$ 2,75, portanto, agora, deveria ser acima de R$ 3. O cálculo foi feito mantendo a isenção de ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza), que representa R$ 18 milhões por ano. “A gente fez os cálculos mantendo a isenção, utilizando o dinheiro do ISS para o pagamento dessa tarifa, para garantir a gratuidade. Hoje, Campo Grande tem a maior gratuidade do Brasil, 40% dos que viajam, viajam de graça”, salienta.

De acordo com Saliba, a planilha de custo será apresentada hoje à noite ao conselho de regulação.

Preocupação – Segundo o diretor-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Rudel Espíndola Trindade Junior, a nova preocupação é o provável aumento dos preços dos combustíveis, que deve ser anunciado até dia 10 pelo governo federal. “Cria desequilíbrio muito grande nas nossas avaliações”, diz.

Ao menos quatro fatores influem no preço da tarifa: pneu, óleo diesel, custo do veículo e folha de pagamento. “Pneus e combustíveis pesam mais, porque não tem variação linear”, diz Rudel.

A prefeitura criou um fundo para custear as gratuidades. No entanto, ele ainda não recebeu recursos. Conforme o diretor da Agereg, serão necessários R$ 8,3 milhões por ano para bancar o passe de 55 mil alunos cadastrados. Ainda de acordo com Rudel, não há prazo para fechar o valor da tarifa, porém o contrato com o Consórcio Guaicurus, que venceu licitação para explorar o serviço, prevê análise tarifária no mês de outubro.

Há três exigências contratuais de melhorias: veículos articulados, centro de controle operacional e pesquisa de origem e destino. Conforme Rudel, a pesquisa deve ser feita três meses antes da conclusão dos novos terminais. “O atraso do PAC Mobilidade afetou muito”, avalia. Já os ônibus articulados dependem da implantação dos corredores do transporte coletivo.

"Uma hora vai ter que vir a correção", diz Saliba.  (Foto: Marcelo Calazans)
"Uma hora vai ter que vir a correção", diz Saliba. (Foto: Marcelo Calazans)
Segundo Rudel, reajuste dos combustíveis preocupa.  (Foto: Marcelo Calazans)
Segundo Rudel, reajuste dos combustíveis preocupa. (Foto: Marcelo Calazans)
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