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Capital

Prefeitura gasta R$ 3 milhões para tapar buracos com chuva recorde

Zana Zaidan | 29/07/2014 19:10
A avenida Ernesto Geisel, no sentido bairro-centro, é um dos alvos de reclamação dos motoristas (Foto: Marcelo Victor)
A avenida Ernesto Geisel, no sentido bairro-centro, é um dos alvos de reclamação dos motoristas (Foto: Marcelo Victor)

O mês de julho mais chuvoso dos últimos 11 anos vai pesar nos cofres da prefeitura de Campo Grande. Além do cronograma regular de recapeamento, a secretaria de Obras e Infraestrutura prevê gastar 40% a mais para reparar os buracos que a chuva espalhou pela cidade.

Em média, administração municipal desembolsa de R$ 2 a R$ 2,5 milhões por mês com danos e fissuras nas vias; com o mês atípico, a cifra pode ultrapassar os R$ 3 milhões.

Chefe da Manutenção de Vias da pasta, Sylvio Cesco, afirma que o volume inesperado de chuva alterou a rotina dos funcionários que atuam nas operações tapa-buraco. “O asfalto de Campo Grande, já bem deteriorado em alguns pontos, não resistiu. Desde ontem estamos atuando nos pontos como prioritários”.

Conforme Cesco, oito avenidas, com maior fluxo diário de veículos, e onde os estragos foram maiores, são recapeadas: Ministro João Arinos, Mascarenhas de Moraes, Coronel Antonino, Marechal Deodoro, Ernesto Geisel, Manoel da Costa Lima, Euller de Azevedo e Tamandaré.

Caso não chova, a previsão é concluir o trabalho nas avenidas dentro de dez dias, diz Cesco. Em seguida, o processo de recapeamento segue para as principais vias de acesso dos bairros. “Rua da Divisão, Santa Quitéria, Campestre, avenida Marinha, Florestal”, exemplifica.

São cerca de 100 funcionários divididos em sete equipes, entre terceirizadas e do próprio quadro da secretaria, para atuar na operação tapa-buraco.

Morador do Guanandi, Anderson precisou trocar pneus do carro depois de passar por buracos (Foto: Marcelo Victor)
Morador do Guanandi, Anderson precisou trocar pneus do carro depois de passar por buracos (Foto: Marcelo Victor)

Prejuízos – Alvo constante de reclamação dos condutores, o tapa-buraco não anima quem conhece de perto a situação das vias. “As máquinas passam arrumando, mas com a primeira chuva já surgem novos. A cada dia é uma surpresa, tem que dirigir com cuidado”, afirma o mototaxista Stefânio Gouveia, 26 anos, sobre a Ernesto Geisel.

Morador do bairro Guanandi, o garçom Anderson Larrea, 24 anos, conta ter perdido as contas do quanto gastou com a troca de pneus do carro. “Tive que trocar várias vezes, porque a buraqueira é para todo lado”, reclama.

Chuva – Conforme o Centec (Centro de Monitoramento de Tempo, Clima e Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), choveu 108,6 mm em Campo Grande até o dia 27 de julho. O volume para o período só foi maior em 2002, quando a chuva atingiu 118,8 milímetros.

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