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Capital

Prefeitura paga quase R$ 500 mil em aluguéis atrasados e reduz valores

Primeiras negociações de dívidas com donos de imóveis foram oficializadas hoje; segundo secretário, quitando dívidas, município consegue rever custo das locações

Anahi Zurutuza | 17/07/2017 15:20
Ceinf do Marcos Roberto, que funciona em imóvel alugado (Foto: Arquivo)
Ceinf do Marcos Roberto, que funciona em imóvel alugado (Foto: Arquivo)

Para quitar os aluguéis atrasados de seis imóveis lque abrigam escolas e Ceinfs (Centros de Educação Infantil), a Prefeitura de Campo Grande teve de desembolsar quase meio milhão de reais.

Conforme extratos publicados no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta segunda-feira (17), o município devia R$ 412.357,88 em aluguéis acumulados há quase dois anos, desde quando Alcides Bernal (PP) era prefeito. Na lista, há imóvel cuja locação não era paga desde julho de 2015.

De acordo com o secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, a quitação das dívidas faz parte do pacote de cortes de gastos. “Nós estamos renegociando os valores dos aluguéis e para conseguir baixar os valores, estamos quitando o que a gestão anterior deixou de pagar”.

Uma dessas negociações foi oficializada no Diário Oficial de hoje. A família dona de um imóvel na rua Yokohama, Vila Palmira – região oeste de Campo Grande –, recebeu R$ 211.342,19 pelo aluguéis que estavam atrasados desde fevereiro do ano passado. Em compensação, reduziu de R$ 15 mil para R$ 10 mil o cobrança mensal pela locação do prédio onde funciona a Escola Municipal Osvaldo Cruz.

Pedrossian ressalta que a prioridade tem sido renegociar dívidas com fornecedores maiores, embora pelo menos parte dos débitos com locações já tenha começado a ser quitado.

O secretário disse não saber ao certo o quanto a prefeitura ainda deve em aluguéis e também não se lembra do número exato de imóveis cuja locação precisa ser quitada, mas afirma que havia ao menos uma dezena deles.

Pedrossian durante entrevista coletiva em maio (Foto: André Bittar/Arquivo)
Pedrossian durante entrevista coletiva em maio (Foto: André Bittar/Arquivo)

Finanças – Em fevereiro, quando o prefeito Marquinhos Trad (PSD) divulgou a situação dos contas nos primeiros 45 dias de sua gestão, o quadro não era dos melhores. O chefe do Executivo municipal já anunciava a necessidade de “apertar os cintos” depois que descobriu que teria de lidar com um orçamento irreal e dívidas.

No dia 14 de fevereiro, durante coletiva de imprensa, Pedrossian Neto revelou que o orçamento para o município aprovado em 2016 era de R$ 1.581.283.000,00. Contudo, se somadas todas divergências encontradas nas planilhas de receitas e despesas deixadas por Bernal, a prefeitura teria para gastar, na verdade, R$ 1.366.205.100,00 – R$ 215.077.900,00 a menos.

Além disso, naquele dia, só com os restos a pagar, a prefeitura já havia desembolsado R$ 183 milhões.

Pedrossian anunciou na ocasião cortes de 20% das verbas enviadas para o custeio das secretarias, a revisão das folhas de comissionados e convocados, redução nos plantões e tentativa de arrecadar mais cobrando débitos antigos (dívida ativa) de contribuintes.

Mas, foi em maio, que os cortes nas despesas começaram a ser colocados em prática. A estimativa era economizar ao menos R$ 10 milhões por mês, sendo R$ 4 milhões com a redução nos pagamentos de gratificações aos servidores municipais.

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