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Capital

Prefeitura quer transformar área histórica em centro de lazer

Paula Maciulevicius | 14/04/2011 21:27

Segunda oficina mostrou e colheu sugestões para uso e ocupação da Esplanada Ferroviária

O projeto de revitalização do centro transformará uma parte de prédios históricos de Campo Grande em uma grande área de lazer.

A área da Esplanada dos Ferroviários se transformará em vários quilômetros de entretenimento, segundo o arquiteto e urbanista Valter Cortez, da Organura (empresa responsável pelo projeto).

Apresentado pela Prefeitura nesta quinta-feira, o Plano Úrbanístico do Uso e Ocupação da Esplanada Ferroviária Federal promete transformar o espaço em um lugar de emprego, renda e cultura. A área compreende da avenida Mato Grosso a rua Eça de Queiroz, na Esplanada Ferroviária.

O programa de revitalização econômica pretende desenvolver o turismo, promover eventos gastronômicos e divulgar artes.

Contemplando a Feira Central, o projeto quer ainda ampliar o horário de funcionamento e oferecer diversidade de serviços.

Apesar de inovador e moderno, o projeto será desenvolvido com a permanência dos moradores no local. “Vamos valorizar o espaço público e requalificar a Vila dos Ferroviários”, completa. Os imóveis históricos serão preservados e receberão manutenção.

A revitalização inclui praças, centros de alimentação e espaços culturais que englobem a arte, cultura e lazer, com diversas entradas de acesso.

Segundo a responsável pela Divisão do Planejamento para Preservação do Patrimônio, da Planurb, Ana Isa, o projeto estabelece espaço de lazer e preservação do patrimônio. “Estamos prestando satisfação do nosso trabalho e buscando sugestões para apresentar um projeto mais definitivo”, fala.

O projeto da Prefeitura, coordenado pelo Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) cria o Parque Esplanada. A região de 14 hectares vai ser contemplada com a requalificação econômica e cultural.

A reunião apresentou propostas e acatou sugestões quanto ao uso da Esplanada. A requalificação da área quer resgatar o significado histórico da ferrovia e elevar o nível de qualidade da região.

A abertura da oficina foi feita pela diretora presidente do Planurb, Marta Lúcia da Silva Martinez, que destacou a importância do projeto e das reuniões para discuti-lo.

“Vamos apresentar o programa de ocupação da Esplanada Ferroviária Federal, avaliar e acrescentar sugestões na proposta preliminar”, explica.

Fundação de Cultura municipal, estadual, secretárias do governo e da prefeitura, e Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), além de parceiros e representantes de associações de bairros, estiveram presentes acrescentando sugestões.

“As oficinas tem sido boas porque reúnem várias pessoas, com diferentes pensamentos, mentalidade, segmentos. O problema de um, é a solução do outro”, comenta o diretor de cultura da Mocofer, associação dos moradores do complexo ferroviário, Valderi Pessoa.

As sugestões foram quanto ao remanejamento dos moradores da região, e demolição de casas. “Estamos representando a população aqui. Não existe revitalização se não tiver os moradores, as pessoas que nasceram e foram criadas ali”, ressalta.

Para a gerente de Patrimônio Histórico e Cultural da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Neusa Arashiro, o grande desafio é a sustentabilidade do espaço como eixo econômico e cultural. “É preciso uma consultoria em cima dos impactos da potenciabilidade econômica em coisas passíveis de acontecer. A preocupação será como manter um empreendimento e sustentar esse espaço. O grande desafio será equilibrar economia, lucro, turismo e cultura”, diz.

Incluída dentro da revitalização, a Feira Central acredita que só tem a ganhar. “Tudo que se agregar em torno vai ser benéfico e para todos. A região precisa ser requalificada e modernizada. Agora vai ter um espaço que contemple isso”, fala a presidente da Associação dos feirantes, Alvira Soares de Melo.

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