Preocupados com cratera, moradores temem até sair de casa
Moradores do bairro Estrela do Sul, onde duas crateras foram abertas devido a forte chuva, estão preocupados com a situação no local. Quase uma semana após o ocorrido, os buracos ainda estão abertos e tomando grandes proporções.
A equipe do Campo Grande News foi até o bairro nesta quarta-feira (14), acompanhar a situação. De acordo com o empresário Guilherme Henrique Dozza, 28 anos, que mora em frente a cratera aberta na rua das Balsas, o receio é de novas chuvas que possam acarretar o alagamento da residência.
“Ontem a cratera ficou cheia de água, que batia nas bordas e jorrava para dentro de casa. Não chegou a alagar, mas preocupa”, contou. “No sábado um motociclista caiu ai dentro, e no domingo foram um motociclista e um ciclista. O carnê o IPTU já chegou e vou ter que pagar”, desabafou.
Conforme o empresário, apenas o trabalho de prevenção de problemas com a tubulação de água que passa pelo local foi feito até o momento. “Desisti de ligar na prefeitura, nem a defesa civil e nem eles vieram aqui. O que tem de interdição e sinalização foi feito pela Águas Guariroba”.
A dona de casa Jugleide Vieira dos Santos, 26 anos, esposa de Guilherme e que está grávida, diz estar com medo de que a cratera fique maior caso chova. “A prefeitura poderia ter feito algo para dar uma segurança para nós. Tenho medo de sair na porta de casa porque a cratera já engoliu parte da calçada”, afirmou.
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Na rua Mundo da Lua, próxima a rua das Balsas, a cratera que se abriu no calçadão que existe na via está na mesma situação. “Estou cansada de ligar e nada ser feito, ninguém vir até aqui”, afirmou a aposentada Marlene Borges Caçador, 59 anos.
A mulher, que mora ao lado do buraco, acredita que o problema está começando a refletir em na estrutura de sua casa. “Após abrir a cratera, apareceu uma rachadura no muro de dentro de casa. Acredito que possa ser por conta desse problema, sim”, afirmou.
A Prefeitura de Campo Grande, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que os técnicos que foram até o local detectaram que o trabalho é de grande extensão e, por segurança, precisa ser feito com pelo menos 10 dias de tempo seco. Até lá, medidas paliativas serão tomadas para que a cratera não avance ainda mais.
**Matéria alterada para acréscimo de informação às 15h21**