ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Presa por vender bebida a menores, dona de bar diz ser vítima de armadilha

Por telefone, a dona do Barfly disse, que os adolescentes bêbados estavam fora do bar quando a equipe policial chegou

Viviane Oliveira | 11/02/2019 10:15
Operação conjunta foi realizada em bares de Campo Grande (Foto/Divulgação:PM) (Foto: divulgação/Polícia Militar)
Operação conjunta foi realizada em bares de Campo Grande (Foto/Divulgação:PM) (Foto: divulgação/Polícia Militar)

A proprietária do Barfly, Maria de Fátima Menas, presa em operação das policias civil e militar na madrugada de sábado (9) por vender bebida alcoólica a adolescentes, afirma que foi vítima de uma armadilha. “Não foi operação. Foi armadilha”.

Ela e o gerente do estabelecimento, Otávio Ronda Diniz, 45 anos, deixaram a prisão na tarde de ontem (10) após fiança arbitrada para cada um no valor de R$ 4.990 - equivalente a 5 salários mínimos. A decisão foi da juíza Denise de Barros Dodero Rodrigues.

Por telefone, Maria de Fátima contou à reportagem, que os adolescentes flagrados consumindo bebida alcoólica estavam fora do bar quando a equipe policial chegou. “Os policiais fizeram todo mundo entrar no estabelecimento para fazer a batida. “Tem muita gente que fica lá fora vendendo bebida alcoólica. Aqui no bar, não vendemos para menores ”. Ela afirma ainda que no dia da operação, a entrada era de R$ 20 e havia duas festas de aniversário no bar. Não tinha menor aqui dentro. Só tinha uma adolescente acompanhada pelo o pai na festa de aniversário. “Ela não consumiu bebida alcoólica”, explica.

Som apreendido durante  operação (Foto: divulgação/Polícia Militar)
Som apreendido durante operação (Foto: divulgação/Polícia Militar)

Conforme Maria de Fátima, ela só foi presa porque bateu boca uma semana antes com um policial militar que foi até o local por causa de som alto. “Eles vieram aqui querendo que a gente abaixasse o som. Eu bati de frente e disse que não abaixaria, pois tenho todos os alvarás de funcionamento. Eu disse, então, para a polícia tirar as pessoas que ficam em frente ao bar bebendo e ouvindo som alto. Mas eles disseram que não era de responsabilidade deles”, desabafa.

Dona de casa de noturna há 26 anos, Maria de Fátima conta que é quase impossível evitar a entrada de adolescente no local. Eles falsificam a identidade. Agora, contratei um segurança que usa caneta com laser para identificar se o documento é falso. Ela reclama que está sendo vítima de perseguição. “Pegaram o Barfly como bode expiatório”, reclama.

Conforme a empresária, icâmera de segurança do estabelecimento prova que os adolescentes não estavam no local. "As imagens serão apresentadas à polícia", afirma. Durante a operação no local, a aparelhagem de som também foi apreendida porque o volume ultrapassou os decibéis permitidos, de acordo com a aferição realizada pela Polícia Militar Ambiental.

Operação - A operação flagrou a situação irregular no Barfly e no antigo Bagdá, localizado na Mata do Segredo. No último, além dos jovens alcoolizados, também foram encontrados papelotes de drogas no chão. Segundo a delegada Marília Brito, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), no último local, ninguém foi preso.

A proprietária e o gerente do Fly foram enquadrados no artigo 243 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que trata da venda ou fornecimento gratuito de bebidas a crianças ou adolescentes. A pena nesse caso é de detenção de dois a quatro anos e multa. Na abordagem dos dois estabelecimentos, por amostragem, sete adolescentes foram levados à polícia e submetidos a teste de alcoolemia, atestando o uso de bebida alcoólica. Eles foram liberados após contato com os pais.

Além das polícias, a operação contou com equipes do Conselho Tutelar e da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).

Nos siga no Google Notícias