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Capital

Presidente de bairro tenta cortar árvores e população protesta

Nyelder Rodrigues e Helton Verão | 10/05/2013 19:05
Árvores já com 10 anos correm risco de serem cortadas na rua do Porto, no Coophavilla
Árvores já com 10 anos correm risco de serem cortadas na rua do Porto, no Coophavilla

O corte de árvores no Coophavilla, em Campo Grande, está causando mal estar entre os moradores do bairro. O problema começou após a presidente do bairro, Maria Bernadete de Carvalho, a Beth, resolveu cortar as árvores que foram plantadas há 10 anos na rua do Porto.

As árvores estão em frente à ACPD (Associação Associação Campo-Grandense dos Portadores de Deficiência), que fica ao lado de uma escola estadual e do centro comunitário do Coophavilla.

Conforme a presidente da ACPD, Vanda Peres Begas, de 60 anos, a Beth ordenou para que as árvores fossem cortadas, mas não consultou nenhum morador para tomar a decisão. As árvores são das espécies Sete Copas, Pata de Vaca e Figueirinha (Ficus).

Um homem foi ao local e chegou a cortar a da espécie Pata de Vaca, mas uma senhora impediu que ele continuasse e cortasse as outras. “Eu sou responsável por uma instituição pública, assim como ela. Não podemos tomar decisões assim, sozinhas”, comentou Vanda.

Para a presidente da ACPD, as árvores são patrimônios e que o bairro precisa delas. Na terça-feira (7), ela descobriu que Beth não tinha autorização da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para fazer o corte.

“Fui conversar com a Beth, e ela foi arrogante. Disse que não estava pedindo, estava comunicando que ia cortar as árvores”, reclama Vanda, ao afirmar que não vai mais conversar com a presidente do bairro e vai procurar o Ministério Público para providências.

Uma das pessoas que usa à ACPD lamenta a retirada das árvores. A aposentada Loreta Corrêa Fernandes, de 58 anos, questiona o porquê de se retirar as árvores que dão sombra para quem fica no local, principalmente os deficientes.

“Essas árvores são a vida e por ela que nos respiramos, precisamos dessas árvores”, afirmou Loreta, que também questionou. “Por que motivo tirar as árvores? É tão bom quando a gente vem buscar as crianças aqui, a gente chega cansada, descansa na sombra. As árvores não atrapalham em nada”.

Loreta é mãe de Roque Hudson Corrêa, de 32 anos, portador de deficiência física, e que há três anos é atendido pela entidade.

Durante a festa do Dia das Mães, cerca de 30 famílias participaram da confraternização e apoiaram ACPD para que busque na Justiça uma forma de proteger o patrimônio público, as árvores Ficus, Pata de Vaca e Sete Copas.

A ACPD atende 15 alunos por período (matutino e vespertino), somando 150 atendimentos por semana.

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