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Capital

Acusados de matar servente que não aceitava fim de relacionamento são absolvidos

Assassinato ocorreu em 27 de fevereiro de 2020, em um terreno baldio, no Jardim São Conrado

Por Clara Farias | 04/11/2025 17:10
Acusados de matar servente que não aceitava fim de relacionamento são absolvidos
O corpo foi achado no terreno baldio, no Bairro São Conrado (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Ugnelma Aparecida Britez da Silva, de 53 anos, e Leonel Ricardo Gonçalves Francisco, conhecido como “Cruel do PCC”, foram absolvidos nesta terça-feira (4) pelo Tribunal do Júri de Campo Grande. Eles eram acusados de envolvimento na morte do servente de pedreiro Aguinaldo Rodrigues da Silva, assassinato ocorrido em fevereiro de 2020, no Jardim São Conrado, em Campo Grande.

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Ugnelma Aparecida Britez da Silva, de 53 anos, e Leonel Ricardo Gonçalves Francisco, conhecido como "Cruel do PCC", foram absolvidos pelo Tribunal do Júri de Campo Grande do assassinato do servente de pedreiro Aguinaldo Rodrigues da Silva, ocorrido em fevereiro de 2020. O crime teria sido motivado pela não aceitação do fim do relacionamento entre a vítima e Ugnelma. O terceiro acusado, Adjaderson Britez da Silva, filho de Ugnelma, foi encontrado morto em agosto de 2024, antes do julgamento. O corpo da vítima foi encontrado em um terreno baldio com marcas de queimadura.

O Ministério Público sustentou que Ugnelma, seu filho Adjaderson Britez da Silva e Leonel, integrante da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), agiram juntos para matar Aguinaldo. A motivação, segundo a denúncia, seria o fato de a vítima não aceitar o fim do relacionamento amoroso que mantinha com Ugnelma.

O MP relatou que Ugnelma teria procurado Leonel, que exercia a função de “disciplina” na facção, pedindo que ele impedisse o ex-companheiro de manter contato com ela e seus familiares. Como Aguinaldo continuou a procurá-la, o grupo teria decidido matá-lo. O crime foi praticado com golpes de madeira.

Durante o julgamento, o Ministério Público pediu a condenação dos réus e o reconhecimento da reincidência de Leonel, enquanto as defesas sustentaram negativa de autoria e absolvição genérica. Os jurados, após votarem os quesitos de materialidade e autoria, entenderam que não havia provas suficientes para condenação. Com a decisão, o juiz revogou a prisão preventiva de Leonel e determinou a expedição de alvará de soltura.

Acusados de matar servente que não aceitava fim de relacionamento são absolvidos
Durante reconstituição, Adjaderson, mostra aos policiais como crime teria ocorrido em terreno ao lado de casa (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

O terceiro acusado no processo, Adjaderson Britez da Silva, de 32 anos, não chegou a ser julgado. Ele foi encontrado morto em agosto de 2024, dentro da quitinete onde morava, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

Conforme boletim de ocorrência, Adjaderson fazia uso de drogas e álcool e chegou a furtar medicamentos de uso controlado da mãe. O corpo foi encontrado por um ex-padrasto, que arrombou a porta do imóvel após não conseguir contato. O Corpo de Bombeiros constatou o óbito no local.

A polícia registrou que havia forte hemorragia no corpo da vítima e resquícios de sangue no banheiro, mas sem sinais de violência externa. A causa da morte ainda é investigada.

O homicídio aconteceu em 27 de fevereiro de 2020, em um terreno baldio ao lado da casa de Ugnelma, no Jardim São Conrado. Segundo as investigações, Aguinaldo invadiu o imóvel da ex-companheira, mesmo após ter sido advertido para não se aproximar.

Na noite do crime, Ugnelma teria avisado Leonel por mensagem que o homem havia retornado ao local. O acusado, então, foi até o endereço e agrediu Aguinaldo com um pedaço de madeira, provocando sua morte. O corpo foi encontrado com marcas de queimadura, indicando tentativa de ocultação do cadáver.

Em março de 2021, Ugnelma e o filho participaram da reprodução simulada que reconstituiu as circunstâncias do crime.

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