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Capital

Presos tentam impedir revista de celas e causam início de motim

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) negou o caso

Kerolyn Araújo | 19/12/2018 14:12
Presídio localizado no Jardim Noroeste abriga 623 presos. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Presídio localizado no Jardim Noroeste abriga 623 presos. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Detentos do Presídio de Trânsito de Campo Grande (Ptran), localizado no Jardim Noroeste, causaram um início de motim na manhã desta quarta-feira (19). Eles tentaram impedir que agentes penitenciários realizassem a revista das celas.

Conforme o Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), sete agentes estavam no plantão e eram responsáveis pela segurança de 623 presos, que tentaram impedir que eles entrassem nas celas fechando as entradas com colchões.

Para conter a ação dos presos, os agentes acionaram o COPE (Comando de Operações Penitenciárias). As celas foram revistas e, somente em uma delas, foram apreendidos mais de 15 celulares.

Segundo o presidente do Sinsap, André Luiz Garcia Santiago, o número de presos no Ptran é três vezes maior do que a capacidade suporta. ''O detento entra no sistema prisional e passa pelo Centro de Triagem. O preso provisório, aquele que não foi condenado, vai para o Presídio de Trânsito, que é para isso. Só que lá já temos um número muito grande de presos condenados e acaba misturando os dois, fazendo com que os riscos na unidade sejam agravados", explicou.

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) prevê um agente penitenciário para fazer a custódia de cinco presos. Porém, em Mato Grosso do Sul, o número chega a 67 para cada agente. 

Outro lado - Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) negou o início de motim e informou que o Comando de Operações Penitenciárias foi acionado apenas para garantir a segurança do local, para que os agentes do presídio realizassem vistoria em uma cela onde havia informação de tentativa de fuga e grades serradas.

Com a ação, a Agepen aproveitou para realizar vistorias em várias celas do pavilhão 2, onde foram apreendidos 29 celulares. Não foram constatadas grades serradas.

COPE - O Comando é formado por agentes penitenciários especializados em ações de intervenção, escolta de presos e revistas de segurança nos presídios estaduais.

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