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Capital

Primeira cirurgia de reconstrução óssea em paciente fissurada é feita no HU

A fissura labiopalatina é uma má formação congênita que causa abertura no lábio superior

Por Ketlen Gomes | 13/03/2025 13:57
Primeira cirurgia de reconstrução óssea em paciente fissurada é feita no HU
Criança com fissura labiopalatina. (Foto: Reprodução ONG Smile Train Brasil)

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap), da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), realizou no dia 7 de março a primeira cirurgia de reconstrução óssea em um paciente com fissura labiopalatina, malformação congênita que causa abertura no lábio superior do bebê.

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O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) da UFMS realizou a primeira cirurgia de reconstrução óssea em um paciente com fissura labiopalatina, uma malformação congênita. A cirurgia, em parceria com a ONG Smile Train, foi feita em uma menina de 14 anos, utilizando enxerto ósseo da bacia. Antes, o tratamento não era acessível pelo SUS em Mato Grosso do Sul, obrigando pacientes a buscar atendimento em outros estados. O Humap está estruturando um programa completo para tratar fissuras labiopalatinas e outras malformações craniofaciais, visando promover inclusão social e saúde adequada para as crianças afetadas.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o hospital e a ONG Smile Train. A primeira cirurgia foi realizada em uma menina de 14 anos. Segundo o hospital, o material utilizado no enxerto foi retirado do osso medular da crista ilíaca (bacia) da paciente e posicionado na área da fissura alveolar.

Até então, Mato Grosso do Sul não oferecia esse tratamento de forma acessível pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que, de acordo com o hospital, fazia com que pacientes tivessem de buscar atendimento em outros estados.

O Humap informa que está estruturando um programa completo para o tratamento da fissura labiopalatina e outras malformações craniofaciais, em parceria com a Smile Train, a Funcraf (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais) e os governos estadual e municipal.

“A equipe de Cirurgia Crânio-Maxilofacial do hospital iniciou, há oito meses, um projeto de tratamento da fissura labiopalatina, começando pelas cirurgias de lábio e palato. Com a inclusão do enxerto ósseo alveolar, a estrutura de atendimento a esses pacientes se fortalece”, informa o Humap.

Para o hospital, a iniciativa busca promover a inclusão social desses pacientes, já que a cirurgia possibilita que crianças cresçam saudáveis, com fala e alimentação adequadas, evitando dificuldades emocionais e sociais decorrentes da fissura.

O HU informou ainda que as cirurgias de lábio e palato, feitas no hospital, são realizadas aos três meses e 1 ano de idade, respectivamente, e que agora amplia o atendimento com a introdução do enxerto ósseo alveolar, que é indicado para crianças entre oito e 12 anos.

A abertura pode variar de uma cicatriz, nos casos mais simples, até uma separação parcial ou total da espessura do lábio, sempre acompanhada por deformidade da asa nasal, de maior ou menor intensidade, conforme a ONG Operação Sorriso, que não atua em Mato Grosso do Sul.

Entre as consequências da malformação estão problemas funcionais na arcada dentária, mastigação, respiração e audição, além de dificuldades de comunicação eficiente e até transtornos como ansiedade, depressão e fobia social.

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