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Capital

Professores em greve defendem criação de novo Instituto Mirim

Flávia Lima | 26/03/2015 12:09
Professores acreditam que criação de novo Instituto colocará ponto final em divergências. (Foto:Arquivo/Marcelo Calazans)
Professores acreditam que criação de novo Instituto colocará ponto final em divergências. (Foto:Arquivo/Marcelo Calazans)

Os 26 professores em greve do Instituto Mirim de Campo Grande aprovaram a iniciativa do prefeito Gilmar Olarte (PP) de enviar um projeto à Câmara Municipal que visa a criação de um novo Instituto onde a administração municipal voltaria a ter controle total sobre a instituição. “Era justamente isso que queríamos porque do jeito que está, transformado em Ong, o Instituto não se mantém. Se a prefeitura retirar sua ajuda, como vai ser? A instituição não sobrevive sem esse convênio. Tudo pertence a ela, desde o prédio até o mobiliário”, diz a professora Edir Monteiro, uma das porta-vozes do grupo.

De acordo com o projeto apresentado pelo prefeito, seria possível retomar o patrimônio e o comando total da instituição, que sofreu mudanças no estatuto em 2009 e 2013, sendo desvinculado da prefeitura. O local se tornou uma ONG (Organização Não Governamental) e passou a ser coordenada por um conselho deliberativo.

“Só com essa atitude seria possível colocar fim a bagunça que se transformou o Instituto”, ressalta Edir. Ela diz que desde o início da paralisação, na última semana sexta-feira (20), nenhum representante da gestão municipal ou do Instituto procurou os professores para conversar. Apenas no primeiro dia houve uma tentativa, sem sucesso, de convencer os professores a retornarem às salas de aula.

Os docentes pedem a saída da diretora do Instituto Mirim, Mozania Ferreira Campos que, segundo eles, vem promovendo perseguição e assédio moral. Uma assembleia está marcada para dia 15 de abril com objetivo de eleger uma nova diretoria, porém os profissionais alegam que o clima está insustentável, por isso querem sua saída imediata. “Para ela não vai fazer diferença sair 15 dias antes da eleição, mas para os alunos que estão sem aula, sim”, destaca Edir.

Por sua vez, Mozania, em entrevistra coletiva, rebate as acusações e diz não ter interesse na reeleição. Para manter os alunos em sala, a direção do Instituto promoveu palestras e seminários com profissionais de diversas áreas durante a semana. Segundo a assessoria da instituição, essas atividades já estavam previstas e foram apenas antecipadas.

Outra questão que gerou reclamação nesta quinta-feira (26) entre os professores foi o fato de docentes substitutos assumirem as aulas, fato confirmado pela assessoria do Instituto. O objetivo é evitar que os alunos percam mais aulas. De acordo com a assessoria essa prática já havia sido comunicada aos profissionais em greve, caso eles se recusassem a voltar ao trabalho.

“Eles disseram que não haveria retaliações. Consideramos essa decisão uma punição a categoria que só quer melhorias”, disse Edir.

Nesta sexta-feira (27) os docentes em greve não permanecerão em frente a unidade da rua Anhanduí, no centro da Capital, já que os alunos da unidade do bairro Carandá Bosque irão ate a unidade central para o lançamento de um projeto cultural. “Não queremos criar uma situação hostil e envolver os alunos, por isso sairemos de lá”, destaca.

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