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Capital

Professores ocupam praça Ary Coelho pedindo aprovação do PNE

Ítalo Milhomem e Paula Vitorino | 11/05/2011 09:49

Cerca de 300 professores participam da mobilização pela aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação) na praça Ary Coelho, na manhã desta quarta-feira (11) em Campo Grande.

Neste momento acontece uma teleconferência em uma emissora de tv local, que está sendo retransmitida para praça para que os professores acompanhem os debates sobre as dúvidas do PNE.

De acordo com 1º secretário da Fetems, Roberto Magno Botarele Cezar, 80% dos trabalhadores da educação no Estado estão paralisados. Ele informa, que em Brasília os representantes dos professores estão em audiência com ministro da Educação, Fernando Haadad e no período da tarde a agenda será no Congresso Nacional.

“A aprovação do PNE, ainda não tem uma data certa para ser votada, mas deve sair ainda no primeiro semestre”, espera o sindicalista.

Segundo o vice-presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Amarildo Sanches da Silva o PNE se aprovado e implantado deverá nortear as ações da educação nos próximos anos em todo o país.

“O PNE vai deixar a escola pública mais humana. Entre as outras ações do plano está também reivindicação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para educação até 2014 e regulamentação das demais leis da educação, além piso-salarial de R$ 1.187 até 40 horas/aula”, explica Amarildo.

O vice-presidente da ACP afirma que são 29 municípios no Estado que já cumprem o piso salarial, mas ainda faltam outros 50, além da aplicação da norma que permite que os professores possam utilizar um terço das horas/aulas para planejamento, correção de provas e estudos.

Outra demanda da ACP é que o piso salarial aprovado seja exercido sobre a referência de 20 horas/aula. Na Capital, os professores fecharam o acordo do reajuste com prefeito, que deve ser implantado gradativamente até outubro.

Amarildo conta que se o acordo foi implantado, o valor dos salários para 20 horas vai chegar 82% do valor do piso nacional pagos para 40 horas/aula, e será uma grande conquista para os professores da rede pública municipal.

A professora Arly Farina Deniz, de 45 anos, leciona há 25 anos no ensino infantil da escola estadual Eulália Neto Neves, na região do grande Santo Amaro. Para ela não é somente a questão do salário que prejudica a vida dos professores dentro da sala de aula e sim todo contexto que envolve as condições de trabalho.

O principal problema da educação estadual na opinião de Arly é a super lotação nas salas, que passam do permitido de 25 crianças para mais de 30 alunos por sala às vezes.

“Não adianta, ter prédio bonito e reformado e com sala superlotada, sem condições dos professores atenderem os alunos. A minha sala onde leciono é pequena, quente e não comporta todos aos alunos”

A manifestação conta com apoio de professores e da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública,), Fetems (Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul) e Sinted (Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Campo Grande).

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