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Capital

Programa de Saúde da gestante garante redução na mortalidade infantil

Flávia Lima | 06/03/2015 09:57
Nas unidades de saúde as gestantes podem fazer o controle do pré-nataol.. (Foto:Divulgação)
Nas unidades de saúde as gestantes podem fazer o controle do pré-nataol.. (Foto:Divulgação)

Dados da Diretoria de Assistência à Saúde da Sesau (Secretaria de Saúde) de Campo Grande, apontam que Campo Grande alcançou a menor taxa da história em morte neonatal, com registro de 8,55 para cada mil nascidos vivos, uma redução de cinco pontos em relação à taxa de 13,56% registrada em 2005. Houve queda também na redução da mortalidade de gestantes.

Além de intensificar as ações de combate ao câncer de colo de útero e de mama, a diretora de Assistência à Saúde da Sesau, Ana Paula Rezende, atribui a redução de mortalidade ao acesso aos serviços oferecidos pela rede, que está organizada com serviços disponíveis para a mulher em todos os níveis de atenção (primário, secundário e terciário).

Em todas as 63 unidades de saúde da Atenção Básica são oferecidos os serviços de atenção à saúde da mulher: consultas médicas e de enfermagem; assistência ao pré-natal e puerpério (período pós-parto); planejamento familiar; prevenção do câncer de colo de útero e de mama, com coleta de exames preventivos, exames clínicos de mama e agendamento de mamografias; prevenção e tratamento das DST; assistência ao climatério.

Ana Paula explica que “esses dados, gerados pelo SIM (Sistema de Informação da Mortalidade – do Ministério da Saúde) e Intranet (sistema de informação utilizado pela rede pública de saúde), são um indicador sensível quanto às condições sociais e de qualidade de vida da população, refletindo vários aspectos como a assistência médica, estruturas das unidades de saúde, condições socioeconômicas, entre outros dados”.

Para a coordenadora de Atenção Básica da Sesau, Margarete Ricci, na mortalidade materna o desafio é ainda maior, considerando que durante anos as taxas foram bastante elevadas. “No entanto, Campo Grande vem investindo em ações nas áreas de saúde da criança e da mulher gestante, dentre elas destacam-se a estratégia das agentes acolhedoras e a Rede Cegonha”, completa Margarete.

Atendimento às gestantes

A gestante, em caso de suspeita ou confirmação da gravidez, deve procurar uma Unidade Básica de Saúde ou Unidade Básica de Saúde da Família próxima à sua residência. Lá, são ofertados testes rápidos para diagnóstico precoce de gravidez, HIV e sífilis para que o tratamento ocorra em tempo oportuno, assim como orientação e oferta de métodos contraceptivos, que são recursos fundamentais para garantir o planejamento familiar.

As agentes acolhedoras são servidoras da Sesau que, diariamente, visitam as maternidades com o objetivo de prestar orientações relacionadas aos cuidados com a mãe e o bebê após a alta do hospital, além de agendar uma consulta ou visita domiciliar junto às unidades de atenção básica próxima à residência, até sete dias da data do parto. Segundo Margarete, essa estratégia garante o acompanhamento do serviço de saúde, prevenindo intercorrências e assegurando ações de promoção e proteção à saúde da mulher
e do bebê.

Já a Rede Cegonha é um pacote de ações para garantir um atendimento de qualidade, seguro e humanizado para todas as mulheres. “O trabalho busca oferecer assistência desde o planejamento familiar, passa pelos momentos da confirmação da gravidez, do pré-natal, pelo parto, pelos 42 dias pós-parto (puerpério), cobrindo até os dois primeiros anos de vida da criança. Tudo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica a coordenadora, sobre a assistência oferecida pela rede.

Na Capital, em 2014, 72% das gestantes iniciaram o pré-natal precocemente, ou seja, antes do quarto mês de gestação. Pelo menos, 70% realizaram no mínimo sete ou mais consultas de pré-natal, com realização dos exames necessários.

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