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Capital

Promotor entrega denúncia sobre morte de Mayara na próxima segunda

Até lá, os três envolvidos no crime permanecerão presos

Luana Rodrigues | 09/08/2017 17:19
Promotor responsável pelo caso, Clóvis Amauri Smaniotto, em entrevista ao Campo Grande News na última segunda-feira (7). (Foto: Mirian Machado)
Promotor responsável pelo caso, Clóvis Amauri Smaniotto, em entrevista ao Campo Grande News na última segunda-feira (7). (Foto: Mirian Machado)

A denúncia sobre a morte da violonista Mayara Amaral, 27 anos, deve chegar à Justiça somente na próxima segunda-feira (14). A informação foi confirmada pela assessoria do promotor responsável pelo caso, Clóvis Amauri Smaniotto, nesta quarta-feira (9), já que o processo segue em segredo de Justiça.

A data é o último dia do prazo de dez dias para que a acusação se manifeste quanto ao inquérito. Segundo o documento, apenas Luís Alberto Bastos Barbosa, 29, foi indiciado pelo latrocínio que vitimou Mayara no quarto de um motel.

O advogado Conrado Passos, que representa o também músico, diz que concordou com parte das acusações. “Ele (Barbosa) fugiu com o carro, não iria vender. Os bens que foram encontrados na casa dele seriam devolvidos, ele não precisaria ir até um motel para roubá-la. Há muita influência da comoção popular. Na verdade o caso tem de ser decidido pelo Tribunal do Júri (que julga e condena casos de assassinatos)”, disse Passos.

Questionada pelo Campo Grande News, a assessoria do promotor não quis adiantar qual será o parecer dele sobre o processo.

Também constam no inquérito Ronaldo da Silva Olmedo, o ‘Cachorrão’, 30 anos, agora acusado apenas de tráfico, e Anderson Sanches Pereira, 31 anos, indiciado por receptação.

Pereira, inicialmente suspeito do latrocínio (morte em assalto) de Mayara Amaral, 27, ocorrido no final de julho, acabou acusado apenas de querer comprar o Gol branco modelo 1992 pela delegada Gabriela Stainle, que recomendou a liberação do pedreiro do Presídio de Trânsito da Capital, onde seguia preso até a conclusão desta reportagem.

Segundo o advogado dele, Ilton Hasimoto, o pedido feito pela delegada na conclusão do inquérito pela polícia depende de apreciação do Ministério Público Estadual e do juiz corregedor da Vara de Execuções Penais.

“A delegada tem apenas o direito de recomendar, mas não pode decidir, só o juiz após sua própria avaliação. Estamos agora vendo tudo o que foi incluído no processo, que está em segredo de Justiça, para avaliar como será nossa atuação”, disse Hasimoto, por telefone ao Campo Grande News.

Versões - O assassino confesso mudou mais de uma vez a versão dele sobre o crime. Depois de ficar em silêncio quando foi convocado para depor pela delegada Gabriela Stainle na quarta-feira (2), ele falou à revista Veja no dia seguinte, admitindo que tinha feito tudo sozinho, num rompante de raiva após uma discussão com a vítima e depois de beber e usar cocaína.

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