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Capital

Quase tão raro quanto ganhar na Mega, aposentado doou medula por 2 vezes

Adriano Fernandes | 01/02/2019 19:43
Wilmar após o procedimento, este mês. (Foto: Divulgação)
Wilmar após o procedimento, este mês. (Foto: Divulgação)

Apesar de simples a doação de medula óssea tem uma especificidade que de tão rara de acontecer, se assemelha as chances de ganhar na loteria. A bolada em dinheiro na conta, o servidor aposentado do Tribunal de Justiça, Wilmar Nery da Silva, pode ainda não ter, mas ele já foi "premiado" por duas vezes para um ato solidário. 

Em menos de três anos o servidor foi doador de medula óssea. Só para se ter uma ideia, estima-se que a chance de se encontrar um doador compatível entre não aparentados é de 1 em 100 mil.Entre parentes as chances são um pouco maiores 1 em 100 de doadores.

Ou seja, por duas vezes Wilmar ajudou a salvar as vidas de quem não conhecia, graças a uma forcinha do destino e, claro, da genética. A sua primeira doação ocorreu em 2016. À época, Wilmar foi até Curitiba, onde após uma bateria de exames ele doou para uma criança.

Agora, neste mês de janeiro ele mais uma vez foi doador. Nas duas situações as identidades não foram divulgadas. Quanto aos mitos sobre a doação ele esclarece. “A única mudança que sinto é poder dar a possibilidade de alguém continuar brigando pela vida”, comentou o paciente.

Como doar – A doação de medula é cercada de tabus, mas, na prática é super simples. Basta ir ao Hemosul e após os testes, se candidatar a ser um doador. Caso haja necessidade o órgão retorna o contato e dá-se início aos procedimentos.

Quando a compatibilidade é confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.O procedimento é seguro e existem dois métodos de doações. No primeiro o doador passa por um exame clínico para confirmar o bom estado de saúde, não precisa mudar nenhum hábito de vida, trabalho ou alimentação.

A doação é feita no centro cirúrgico, sob anestesia geral ou peridural, e dura aproximadamente 90 minutos. Na outra forma de doação, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco circulantes no seu sangue.

Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina própria, que colhe o sangue da veia do doador. O doador não é internado e tampouco precisa de anestesia, pois todos os procedimentos são feitos pela veia.

 

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