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Capital

Quem já sofreu acidente teve motivo extra para corrida da paz no domingo

Corrida do Detran atraiu mais de 1.500 pessoas na manhã deste domingo (24).

Anahi Gurgel | 24/09/2017 12:41
Casal de ciclistas acompanha premiação de corrida do Detran, nesta manhã (24). (Foto: Marina Pacheco)
Casal de ciclistas acompanha premiação de corrida do Detran, nesta manhã (24). (Foto: Marina Pacheco)

Motivos para correr pela paz no trânsito não faltam. Muitas das centenas de pessoas que participaram da corrida de rua alusiva à Semana Nacional do Trânsito, na manhã deste domingo (24), em Campo Grande, tinham histórias de desrespeito à legislação e suas tristes consequências para contar.

Realizada pelo Detran-MS (Departamento Nacional de Trânsito de Mato Grosso do Sul), a prova reuniu cerca de 1.500 corredores em percursos de 5 km e 10 km. 

Participar da disputa teve um significado a mais para o carteiro Daniel Marçal dos Santos, 39, que trabalha utilizando uma motocicleta para se locomover.

“Tem condutor consciente, sim, mas a maioria comete muitos absurdos quando dirige. Acho fundamental chamar atenção das pessoas pela paz no trânsito”, reforça, contando que já foi vítima de um grave acidente, há cerca de 5 anos.

Um motorista não respeitou a preferencial e atingiu a lateral da motocicleta em que ele estava. “Na hora levantei a perna no instinto e por pouco não fui diretamente atingido. Mas cheguei a ser arremessado para longe e sofri hemorragia vascular na virilha”, lembra. 

Juscelino participou da corrida na manhã deste domingo (24). "Buscar paz no trânsito tem muito significado para mim", diz, que já sofreu acidente grave. (Foto: Marina Pacheco)
Juscelino participou da corrida na manhã deste domingo (24). "Buscar paz no trânsito tem muito significado para mim", diz, que já sofreu acidente grave. (Foto: Marina Pacheco)

Quem também acredita ser uma iniciativa extremamente válida para chamar atenção por mais educação no trânsito, é o aposentado Juscelino Ferreira da Silva, 54.

“Sofri dois acidentes, sendo um mais grave, em 2012. Eu estava de moto e fui atingido por um carro porque o motorista não respeitou a sinalização. Fraturei o pé e fiquei meses com a perna imobilizada”, se recorda Silva, que trabalhou por 30 anos como policial de trânsito e sabe bem o que é imprudência nas ruas.

Para ele, muita gente não tem noção da importância que é seguir regras ao conduzir carro e motocicleta, principalmente. “Parecem que quando estão em um veículo sente-se “imunes” e cometem barbaridades. Tem que respeitar o espaço e os limites do próximo”, pontua.

De bike - Os funcionários públicos federais, Elenice e José Carlos, não participaram da corrida, mas fizeram questão de acompanhar a premiação. Aos sábados e domingos, eles sentem na “pele” as consequências do que eles consideram ser um extremo “individualismo” no trânsito.

“Como eu a gente pedala aos finais de semana, quando utiliza o carro, procura entender as necessidades de outros ciclistas para não expô-los a riscos. Falta muito isso entre outras pessoas: se colocar no lugar do outro. Há muita individualidade”, defende José Carlos Vieira Antunes, 55.

Daniel também já sofreu acidente de carro correu para chamar atenção de motoristas e motociclistas quanto à prudência no trânsito. (Foto: Marina Pacheco)
Daniel também já sofreu acidente de carro correu para chamar atenção de motoristas e motociclistas quanto à prudência no trânsito. (Foto: Marina Pacheco)

“Falta respeito, falta educação, prudência, e isso só começa a despertar nas pessoas com iniciativas como essa corrida, por exemplo. O trânsito está muito perigoso”, disse Elenice Cruz, 37.

A 3ª Corrida Pela Paz no Trânsito tem o propósito de conscientizar os motoristas e reduzir acidentes no trânsito, alusiva à Semana Nacional de Trânsito. Os vencedores foram contemplados com medalhas e troféus.

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