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Capital

Quem pode abrir hoje, avalia se compensa trabalhar em dia de Centro parado

Medidas mais severas foram adotadas para tentar conter avanço do novo coronavírus

Aline dos Santos e Gabriel Neris | 18/07/2020 08:45
Lojas fechadas na Rua 14 de Julho, o principal corredor comercial do Centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Lojas fechadas na Rua 14 de Julho, o principal corredor comercial do Centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

 O primeiro dia do “lockdown de fim de semana” é de lojas fechadas no Centro de Campo Grande, ônibus com circulação restrita e a maioria seguindo as novas regras impostas pela prefeitura na tentativa de conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. A reportagem só encontrou uma pessoa em desacordo: um idoso no ônibus sem ser trabalhador de área essencial.

Na Rua 14 de Julho, o principal corredor comercial da cidade, o cenário é de lojas com as portas fechadas e pouca movimentação interna. Seguem abertos os serviços essenciais, como as farmácias.

No Mercado Municipal Antônio Valente, o Mercadão, o sábado tem movimento apenas no açougue. “As lanchonetes, que mais chamam o público, estão fechadas. Se não tem transporte, não tem como as pessoas vir”, afirma Roberto Matsumoto, 57 anos, dono de uma barraca de cereais.

Ele conta que vai permanecer aberto até o meio dia para ver o movimento. Se estiver fraco, deve fechar as portas e ir para a casa.

Roberto Matsumoto tem barraca no Mercadão Municipal e vai avaliar movimento neste sábado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Roberto Matsumoto tem barraca no Mercadão Municipal e vai avaliar movimento neste sábado. (Foto: Henrique Kawaminami)


Ao fundo, homens consomem bebidas em balcão (Foto: Henrique Kawaminami)
Ao fundo, homens consomem bebidas em balcão (Foto: Henrique Kawaminami)

A reportagem flagrou hoje cedo alguns pessoas consumindo no balcão de uma lanchonete, em frente ao Mercadão, o que é proibido pela prefeitura aos fins de semana

Na Praça Ary Coelho, por onde passam as poucas linhas ativas do transporte coletivo urbano, quatro ônibus estão de reserva para substituir veículos em caso de quebra ou se algum ultrapassar o limite de passageiros.

Fiscal do Consórcio Guaicurus, Rogério Nepomuceno afirma que a logística exigiu que o expediente começasse às 4h50. Os ônibus circularão até às 9h20, com a frequência de 20 em 20 minutos. Os pontos ficam na 13 de Maio e na Avenida Afonso Pena.

O serviço é restrito aos profissionais dos serviços essenciais, mas a reportagem verificou que um idoso estava num dos veículos, descumprindo as regras. “A gente não tem muito o que fazer. Tem que entender um pouco o lado da pessoa e, no caso, o ônibus tinha capacidade para todo mundo”, diz o fiscal.

Restrições – Neste fim de semana, setor de alimentação (supermercado, padaria, açougue, barraca de hortifrúti em feira, peixaria) pode funcionar até às 20 horas. Mas com 30% da capacidade e sem consumo no local. As farmácias têm autorização para funcionar 24 horas.

Só lojas de materiais de construção estão liberadas a abrir. Salões de beleza, que tem maior movimento no fim de semana como tradição, foram proibidos de funcionar.

Shoppings também fecham, inclusive, as praças de alimentação. Apenas supermercados podem funcionar nesses locais e apenas até às 20h, quando começa o toque de recolher.

Os ônibus do transporte coletivo da Capital podem trafegar até 21h30, conforme horário definido pelo Consórcio Guaicurus. Táxis e serviços por aplicativo estão liberados, devendo cumprir com regras de biossegurança.

Ônibus tem circulação restrita neste sábado na "Operação Covid-19". (Foto: Henrique Kawaminami)
Ônibus tem circulação restrita neste sábado na "Operação Covid-19". (Foto: Henrique Kawaminami)

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