“Quero justiça”, pede mãe de adolescente torturado e assassinado há três anos

“Quero justiça, condenação máxima. O que fizeram com ele não é coisa do ser humano fazer”. As palavras da mãe que encontrou o filho morto de forma brutal definem a expectativa para o julgamento de um dos dois suspeitos de serem os responsáveis por crime que ocorreu há três anos, em Campo Grande.

Alisson Fernandes Ribeiro é um dos dois réus pela tortura e morte do adolescente Pedro José de Arruda Pinto, em 2019, e será julgado nesta terça-feira (5).

A vítima tinha 16 anos quando foi morta, também por Lucas Almeida Portela - este que está foragido.

O júri é presidido pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete e teve início na manhã de hoje.

A mãe, Adriana Ponce de Arruda, de 35 anos, relata ao Campo Grande News a situação em que a família se encontra, após o crime que ocorreu em 2019. “Está sendo muito difícil, tive depressão profunda e só agora estou começando a me recuperar.”

‘Pedrinho’, como era chamado pela mãe, deixou irmã mais nova e irmão, de sete anos, que o tinha como inspiração. “Para ele, o Pedrinho era um espelho. O amor dele era o Pedrinho. Mesmo sendo muito pequeno, ele tem muita memória viva dele.”

O caso - Lucas Almeida Portela e Alisson Fernandes Ribeiro, ambos de 22 anos, conhecidos com “Rato” e “Bugue”, foram acusados da morte de Pedrinho. Alisson será julgado hoje e Lucas segue foragido.

O corpo do adolescente foi encontrado com várias partes do corpo quebradas em 31 de outubro de 2019, em região do Bairro Danúbio Azul, na Capital. Ele foi assassinado em um matagal na rua de casa, mas sofreu sessão de tortura antes. Conforme investigações policiais, os acusados eram amigos do garoto.

Segundo apurado pelo Campo Grande News, o filho seria internado por vício em substâncias químicas logo antes do crime. A polícia também concluiu que o crime teria relação com domínio do tráfico na região.