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Capital

Rainha de tragédias no trânsito, moto representa 30% dos alvos de blitz

Adriano Fernandes | 17/09/2016 11:17
Dos 10.240 veículos apreendidos, cerca de 6.373 são motocicletas. (Foto: Alcides Neto)
Dos 10.240 veículos apreendidos, cerca de 6.373 são motocicletas. (Foto: Alcides Neto)

Alvo principal da maioria das blitze em Campo Grande, as motocicletas representam 30% da quantidade de veículos armazenados no pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) em Campo Grande. Dos 10.240 veículos apreendidos, cerca de 6.373 são motos, segundo o órgão.

Se somadas as quantidades de motonetas - modelos Biz, por exemplo - e ciclomotores (de até 50 cilindradas) este número chega a 7.826. Cerca de 6.710 veículos estão no local há mais de 90 dias.

Além de acidentes, a superlotação é também resultado de remoções por medida administrativa ou restrição judicial.

Para quem atua na área, os números refletem a intensificação na fiscalização de um dos meios de transporte que mais se envolve em acidentes e mata pessoas na Capital. De janeiro a agosto deste ano, 26 motociclistas morreram em decorrência de acidentes no trânsito, segundo estatística divulgada pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), em torno de 60% do total de óbitos.

Apesar do número preocupante, a quantidade de mortes diminuiu se comparado a anos anteriores. Neste mesmo período de 2015, por exemplo, 104 pessoas morreram envolvidas em acidentes com moto.

“E não só os altos índices de morte, mas também a gravidade das lesões foi o que nos preocupou e fez com que intensificássemos a fiscalização de condutores de motocicletas”, comenta o tenente-coronel do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), Renato Tolentino Alves.

O números alarmantes de acidentes com vítimas fatais motivaram a intensificação das blitzes. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
O números alarmantes de acidentes com vítimas fatais motivaram a intensificação das blitzes. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

“Os motociclistas são os tipos de vítimas que mais sofrem lesões ou sequelas graves por acidentes: amputação, fratura exposta, além do próprio desrespeito a sinalização”, completa.

De acordo com o tenente-coronel, não só o número de apreensões de motos é maior do que as de carros, como também é acima da média o número de condutores não habilitados, trafegando em motos.

A policia de trânsito não divulgou dados precisos, mas de acordo com Tolentino, na listagem de apreensões em primeiro lugar se destacam os motociclistas que transitam com documento atrasados.

Posteriormente, os não habilitados e em seguida os que são autuados por transitarem de forma irregular, sem capacete ou com placa ilegível, por exemplo. “A relação entre o motorista que por vezes compra a moto, mas não tem o dinheiro para tirar uma CNH, também ocasiona na inaptidão ao dirigir aumentando o risco de acidentes e então por isso o foco da maioria das fiscalizações são os motociclistas”, conclui.

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