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Capital

Recém-criado, residencial de casas sem muro é alvo de ladrões

Alan Diógenes | 07/09/2014 09:31
Casas não possuem muros, o que aumenta a insegurança dos moradores. Foto: Simão Nogueira)
Casas não possuem muros, o que aumenta a insegurança dos moradores. Foto: Simão Nogueira)

Moradores do Residencial Terra Morena, construído há quatro anos em Campo Grande, reclamam da onda de assaltos. Além disso, eles afirmam que a construtora J Bens que fez a obra em parceria com a Caixa Econômica Federal não cumpriu o que foi prometido no projeto inicial do empreendimento do programa Minha Casa Minha Vida.

As residências que forem entregues sem muro estão sendo alvo de ladrões que vem agindo na região. O promotor de vendas Ricardo Brandão, 31 anos, disse que várias pessoas já foram assaltadas dentro do residencial e outra quatro já se mudaram temendo a violência. “O pessoal já está começando ou pensando em se mudar. Os que decidiram ficar estão levantando muros e colocando cerca elétricas para prevenir a ação dos bandidos”, mencionou.

Já a comerciante Cicera Conceição de Lima, 30, teme ser assaltada por que para ela o comércio é o que mais atrai criminosos. “Eu que mexo com comércio estou com medo, por que sempre ouço as pessoas falando que já foram assaltadas. Daqui uns dias pode ser eu. Sempre procuro fechar a conveniência cedo, mas fica complicado por que sabemos que os ladrões estão agindo em plena luz do dia”, apontou.

Outra reclamação dos moradores é quando as obras prometidas pela construtora, mas não foram cumpridas. A dona de casa Graziela do Nascimento, 28, que mora há seis meses no residencial, afirmou que dentro do projeto era previsto a construção de unidade de saúde dentro do local, o que não aconteceu até o momento. “Tenho três filhos pequenos em casa e preciso constantemente ir no posto de saúde. Como aqui era para ter, mas não têm, tenho que ir em outros bairros, e com crianças pequenas fica difícil pegar ônibus para chegar aos locais”, explicou.

A comerciante Angélica Falconi Oliveira, 59, conta que como não existe um presidente de bairro que possa levar as reivindicações até o Poder Público, ela e a família estão montando chapas e organizando uma eleição para o dia 15 de outubro. Segundo ela, a principal proposta que deve ser apresentada pelos candidatos, que ainda não foram oficialmente apresentados, é a criação de um centro de educação infantil, posto policial e uma praça de lazer em uma área limpa existente dentro do residencial.

“Vamos ter que fazer desse jeito, por que a construtora diz que a área é da prefeitura e a prefeitura fala que é da construtora. Fica difícil esse jogo de empurra empurra. Precisamos de um representante que leve nossas propostas e consiga resolver esse impasse”, destacou.

O responsável pela obra Renato do Amaral Oliveira, 38 anos, informou que a construtora J Bens entregou o residencial com a infraestrutura completa, ou seja, pavimentado e com rede de esgoto. Ele explica que quando um morador precisa de reparos nas residências, prontamente são atendidos pelo serviço de assistência técnica da empresa.

Mas, segundo ele, outros tipos de reivindicações não cabem à construtora resolver e sim os órgãos responsáveis. “Por exemplo, os moradores reclamam muito de falta de iluminação, mas isso já não é a construtora que deve resolver e sim a prefeitura. Quanto a segurança, também não é da nossa alçada resolver e sim da polícia que deveria reforçar o policiamento na região”, finalizou.

Graziela reclama da falta de uma unidade de saúde no local. (Foto: Simão Nogueira)
Graziela reclama da falta de uma unidade de saúde no local. (Foto: Simão Nogueira)
Angélica está organizando uma eleição de presidente de bairro. (Foto: Simão Nogueira)
Angélica está organizando uma eleição de presidente de bairro. (Foto: Simão Nogueira)
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