ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Reforma de escola por internos da Gameleira gera economia de R$ 1,2 milhão

Flávia Lima | 15/12/2015 09:55
Detentos trabalham na segunda maior escola em número de alunos da Capital. (Foto:Divulgação)
Detentos trabalham na segunda maior escola em número de alunos da Capital. (Foto:Divulgação)

Parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul está possibilitando a reforma da segunda maior escola estadual em número de alunos de Campo Grande.

Através do projeto Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade, que utiliza mão de obra e dinheiro de internos, a Escola Estadual Padre José Scampini, localizada no bairro Coophavila II, é a quinta beneficiada pelo projeto que gerou para o Estado uma economia de mais de R$ 1,2 milhão.

Orçada em R$ 149 mil, a reforma terá duração de dois meses. Se não fosse feita através do projeto, a obra não sairia por menos de R$ 500 mil.

O recurso é proveniente da arrecadação do desconto de 10% do salário de cada preso da Capital que trabalha por meio de convênios com o poder público, medida instituída pelo juiz da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Albino Coimbra Neto.

Com a verba arrecadada, é possível custear todo o material de construção, aluguel de equipamentos, caçambas de entulho, andaimes e alimentação dos operários. Ao Estado cabe apenas o salário e o transporte dos presos envolvidos na reforma.

De acordo com o diretor do Centro Penal da Gameleira, Tarley Cândido Barbosa, a reforma do colégio, que conta com 1,6 mil alunos, será o maior desafio enfrentado pelos presos até então, devido a dimensão do espaço,

A equipe de 14 presos que atua no local vai reformar 30 salas contando com o anfiteatro, além da quadra coberta, pátio, calçamento, muros, pintura geral, troca de vidros, reforma elétrica, hidráulica, além de projeto de acessibilidade que irá construir banheiros adaptados, guichê da secretaria e da cantina com acessibilidade para cadeirantes, rampas de acesso e instalação de piso tátil.

Tudo deve ser concluído antes do início do ano letivo de 2016, para não prejudicar o calendário escolar.
Fundada em 1979, a última reforma aconteceu na escola ocorreu em 2002 e consistiu apenas em pintura. No entanto, desde sua criação, nunca havia passado por uma reforma geral.

Paralelo a reforma, a direção da escola está desenvolvendo um projeto de valorização do patrimônio público, para que os alunos e a comunidade preservem o trabalho realizado pelos detentos.

Nos siga no Google Notícias