Restaurantes esperam retorno do movimento com novo horário do toque de recolher
Até ontem (28) os estabelecimentos deveriam encerrar o atendimento às 22h, mas com a alteração esse prazo se estendeu até às 00h
O novo horário do toque de recolher é visto com entusiasmo pelo setor de bares e restaurantes da Capital. Até ontem (28) os estabelecimentos deveriam encerrar o atendimento às 22h, mas com a mudança esse prazo se estendeu até às 00h. A expectativa é de que com a alteração os consumidores voltem a frequentar os estabelecimentos e assim os empresários possam recuperar o prejuízo causado pela quarentena.
“O campo-grandense tem o costume de chegar tarde nos restaurantes, por volta das 20h30, 21h, que era praticamente o horário de fechar. Essa alteração é vista com entusiasmo pelo setor, principalmente entre os empresários que são donos de restaurantes que tem operação exclusivamente a noite”, comentou Juliano Wertheimer que é o presidente da Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.
Juliano, no entanto, ressalta que a situação ainda é crítica. “Os restaurantes que estão abertos estão com baixíssimo movimento. No nosso setor já ocorreram mais de 3 mil demissões então há uma grande número de desempregados que estão reduzindo o consumo”, completa.
A redução no horário do toque de recolher foi um pedido da própria Abrasil-MS junto à prefeitura, justamente para tentar diminuir os prejuízos dos donos de bares e restaurantes da cidade. O setor ainda tenta a flexibilização de outras duas regras impostas como medida de prevenção ao coronavírus. A primeira sugestão é para que não se restrinja mais a 30% o número de pessoas nos restaurantes.
“Mantendo apenas o distanciamento recomendado pela Anvisa que é de 1 metro entre cadeiras e 2 metros entre as mesas”, completa Juliano. Outra alteração seria quanto ao atendimento self-service.
Atualmente, nos restaurante dessa modalidade, um funcionário com máscara e luvas, serve o cliente e leva o prato até a mesa. “Sugerimos deixar um funcionário uniformizado de mascara e luvas fornecendo álcool em gel no inicio da fila do bife, para que o próprio cliente possa se servir. O cliente também teria de estar utilizando máscara”, conta.
Desta forma, ainda segundo Juliano, o consumidor estaria higienizado para pegar nos talheres e pegadores além de evitar a contaminação pela saliva. Um consenso sobre as sugestões deve ser definido até a próxima semana.