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Capital

Condenado, réu por morte de delegado fica livre, de tornozeleira

José Moreira Freire fica em liberdade com uso de tornozeleira até o trânsito em julgado, pois tem recurso de Habeas Corpus

Izabela Sanchez | 15/08/2018 17:19
osé Moreira Freire, sentado na cadeira verde, foi condenado por matar a tiros o delegado aposentado Paulo Magalhães em junho de 2013 (Izabela Sanchez)
osé Moreira Freire, sentado na cadeira verde, foi condenado por matar a tiros o delegado aposentado Paulo Magalhães em junho de 2013 (Izabela Sanchez)

José Moreira Freire – denunciado por efetuar os disparos que mataram o delegado aposentado Paulo Magalhães em junho de 2013 – foi condenado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri a 18 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado, com recurso que dificultou a defesa da vítima.

José, acusado de ser pistoleiro, deve aguardar o trânsito em julgado, quando não há mais recursos, em liberdade monitorada com uso de tornozeleira. O motivo é que ele possui recurso de Habeas Corpus.

A defesa tem cinco dias para apresentar recurso contra a sentença e oito dias para detalhar os motivos do recurso. A sentença foi a mesma pedida pelo MPMS (Ministério Público Estadual) e o juiz Aluizio Pereira dos Santos retirou a qualificação por motivo torpe.

O advogado Renê Siufi, que faz a defesa de José Moreira Freire, afirmou que as investigações ignoraram as denúncias apresentadas pelo policial à época.

O advogado criticou o DIP (Departamento de Inteligência da Polícia) e afirmou que dois policiais militares podem estar envolvidos no crime, o que teria sido ignorado pela polícia.

“Ele estava chegando perto demais de quem sabia muita coisa”, disse o advogado ao júri. O criminalista também argumentou que de todas as testemunhas ouvidas nenhuma citou o réu.

Delegado aposentado Paulo Magalhães (Reprodução)
Delegado aposentado Paulo Magalhães (Reprodução)

Já o promotor Douglas Oldegardo defendeu as investigações policias. “Não estamos aqui hoje discutindo linhas de investigações. Estamos tratando da morte de um delegado. Um crime cometido à luz do dia como se Campo Grande fosse o velho oeste”.

Outro acusado - Uma liminar do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) resultou em datas diferentes para julgamento dos dois acusados. Antonio Benitez Cristaldo será julgado no dia 29 de agosto, e também aguarda o julgamento em liberdade.

Caso - Professor universitário, Paulo Magalhães foi morto aos 57 anos. Uma dupla teria passado em uma motocicleta e efetuado disparos contra o delegado aposentado da Polícia Civil. O crime foi em 25 de junho de 2013, na rua Alagoas, em frente a uma escola do bairro Jardim dos Estados.

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