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Capital

Roubo de fios deixa empresa sem telefone e espera por reparo já dura 11 dias

Apenas no mês de janeiro, o Procon recebeu 205 queixas contra operadoras de telefonia na Capital

Por Idaicy Solano e Mylena Fraiha | 07/02/2024 14:45
Mesmo com problemas em seu ramal, funcionária tenta realizar chamadas telefônicas (Foto: Alex Machado)
Mesmo com problemas em seu ramal, funcionária tenta realizar chamadas telefônicas (Foto: Alex Machado)

Na Rua da Paz, há 11 dias o Campo Grande News está sem serviços de telefonia fixa. A rede, indispensável para comunicação com os leitores, saiu do ar e desde então a empresa cobra reparos à operadora Oi, sem sucesso. A justificativa é roubo de cabos de telecomunicação, mas a demora na troca segue sem explicação.

De acordo com o Procon/MS (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor), não é só esse o problema enfrentado pelo consumidor. Só em janeiro, foram protocoladas 205 queixas sobre telefonia: 63 foram reclamações sobre celulares pós-pagos, 48 de internet fixa e 37 de telefonia fixa. Cobrança ilegal lidera o ranking das queixas, com 121 casos.

O técnico Fábio Renato do Nascimento, responsável pelo serviço de manutenção da empresa, explica que o telefone parou de funcionar no dia 28 de janeiro. Após realizar o procedimento padrão de manutenção e não obter sucesso, abriu um protocolo com a operadora Oi, responsável por prestar o serviço de telefonia, no dia 5 de fevereiro.

Conforme relato, a operadora pediu um prazo de até 48 horas para resolver o problema. “Esse prazo extrapolou, a gente ligou novamente e eles falaram que era problema de roubo de cabeamento, e por isso o sistema ainda não tinha voltado a funcionar, mas hoje está fazendo 11 dias que o telefone está parado”, diz.

Na manhã desta quarta-feira (7), Renato ligou à Ouvidoria da Oi, que confirmou o roubo de cabos e informou que a operadora aproveitou a situação para migrar o cabeamento da linha para fibra óptica.

“Mas eles não agendaram, nem falaram com ninguém. Esse tipo de serviço tem que ser agendado, como que a empresa vai ficar 11 dias ou mais sem telefone por causa de uma migração que eles resolveram fazer sem comunicar ninguém?”, questiona.

Segundo o técnico, a ouvidoria deu o prazo de 10 dias úteis para resolver o problema, a contar a partir do dia em que o pedido foi protocolado.

“Tentei fazer uma reclamação junto à Anatel, mas lá eu só consigo fazer reclamação após o prazo da ouvidoria esgotar. Como a ouvidoria [da Oi] deu prazo de 10 dias, eu só consigo falar com a Anatel no dia 15 de fevereiro, então imagina se não funcionar todos esses dias? É tudo burocrático, tudo lento, ninguém resolve”, reclama o técnico.

Problema frequente - A secretaria da uma clínica de fonoaudiologia, também localizada na região central da cidade, relata que o problema com a linha do telefone fixo é frequente. “Alguns clientes entram em contato pelo WhatsApp e falam que não conseguem ligar”.

Felipe Rodrigues, sócio da empresa Ox App, diz que utiliza os serviços de internet da operadora Oi e que a conexão fica bastante lenta em alguns períodos do dia. “A internet fica lenta em horário de pico, por volta das 10h30 às 11h e 16h50 às 20h. Preciso reiniciar a Internet para funcionar a impressora por wi-fi”.

A orientação do Procon/MS é que o consumidor busque uma solução junto ao fornecedor do serviço de telefonia, mas caso haja necessidade de registrar uma denúncia ou reclamação, deve recorrer aos canais de atendimento oficiais do Procon, que são o Disque Denúncia 151, formulário fale conosco ou reclamação online no site www.procon.ms.gov.br.

A reportagem solicitou informações sobre o problema para a operadora Oi, por meio da assessoria, que informou que encaminharia as informações, porém, até o momento, não enviou. Além disso, não foi fornecido o número de reclamações recebidas pela operadora dessa natureza.

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