Segundo dia de Carnaval tem 30 acidentes e 7 presos por embriaguez

Na segunda noite de folia em Campo Grande foram registrados 30 acidentes de trânsito e sete pessoas foram presas por dirigir embriagadas. Embora os números possam parecer altos, de acordo com o delegado de polícia Tiago Macedo dos Santos, o valor é até razoável, tratando-se do período de Carnaval e se comparado ao ano anterior.
“Este ano está mais tranquilo do que no ano passado e a fiscalização também aumentou”, avalia o delegado.
Para o major da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito), Anderson Avelar, a rigidez da lei, que prevê tolerância zero para quem dirige após consumir bebida alcoólica, gerou medo nos motoristas e isso reflete diretamente na postura deles.
A nova portaria do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) entrou em vigor no dia 29 de janeiro deste ano e determina que o motorista que for pego dirigindo depois de ingerir qualquer gota de álcool vai sofrer as consequências que chegam a quase R$ 2 mil de multa e suspensão do direito de dirigir por um ano.
O delegado explica que neste caso configura processo administrativo e que o motorista só é preso quando for comprovado que redução na capacidade psicomotora ou o índice de alcoolemia for igual ou maior a 0,3 mg/l.
Na sexta-feira (08), primeiro dia de Carnaval, a Ciptran e o Juízado de Trânsito registraram no total 40 acidentes na Capital. Durante todos dos dias de folia, policiais da Ciptran farão blitz na avenida Fernando Correa da Costa, a partir da meia noite, e, segundo o major, viaturas farão ronda por toda a cidade, principalmente em locais próximos de onde acontecem bailes de Carnaval.
Blitz - Três foram presos em flagrante por embriaguez durante blitz realizada pela Ciptran, na avenida Fernando Correa da Costa, onde é realizado o carnaval de rua de Campo Grande.
Jucimar Lima Menacho, de 29 anos, foi presa por volta da 1h10, próximo ao local onde ocorre a festa de Carnaval. Ela pilotava uma motocicleta Titan e, segundo o boletim de ocorrência, apresentava cheiro de bebida alcoólica e estava com dificuldades de falar. O resultado do teste de bafômetro dela apresentou 0,53 mg de álcool por litro de ar expelido.

Também foi preso Jacob da Cruz Sandeski, de 38 anos, às 2h33. Ele conduzia um Parati, com placas de Itaquirai, e seguia na contramão da rua 13 de Maio, no centro da Capital. O motorista fez o teste do bafômetro, que acusou 0,68 mg/l de álcool. Uma terceira pessoa que não foi identificada.
Outros dois foram presos pela Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crise e Operações Especiais), por volta das 3h45, dirigindo na contramão da rua Salgado Filho, bairro Amambaí, em Campo Grande.
De acordo com o boletim de ocorrência, Lucas Alfredo Oliveira de Jesus Junior, de 22 anos, dirigia um Celta, enquanto André Silva Martelli, 23 anos, conduzia um Siena, e disseram que se confundiram com a direção da via. Eles alegaram que estavam procurando uma casa noturna que fica próximo ao local onde foram abordados.
Os dois se recusaram a fazer o teste do bafômetro, mas foram autuados pelo termo de constatação de embriaguez. Segundo os policiais, Lucas e André confessaram que estavam bebendo antes de pegarem a direção dos carros.
Acidentes - No final da tarde de ontem, por volta das 17h50, a Polícia Rodoviária Federal prendeu Arlindo Bueno, de 49 anos. Ele atravessou a BR-262, próximo a Terenos, e caiu com a camionete, uma F1000, em uma ribanceira. De acordo com os policiais, ele apresentava sinais visíveis de embriaguez, sendo que o resultado do bafômetro deu 1.61 mg/l.
No mesmo horário, mas na avenida Tamandaré com a Euller de Azevedo, outro acidente foi provocado por um condutor também embriagado. João Edemirson Barreto de Arruda, de 41 anos, conduzia um Uno e bateu de frente com um Pálio. Ele estava na contramão da via e alegou que teve uma aquaplanagem, por isso perdeu a direção do carro.
João faz o teste de bafômetro, que acusou 1.00 mg/l. Conforme o boletim de ocorrência, ele é mecânico e o carro é de um cliente. O acidente não teve vítimas, apenas danos materiais.
Todos os casos foram encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, e os veículos para o pátio do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito). Segundo o delegado Tiago Macedo dos Santos, as fianças foram arbitradas entre R$ 1.356 a R$ 2.034 e até o início da manhã nenhuma havia sido paga.