Familiares e amigos se despedem de Cícero de Souza, conselheiro do TCE

Familiares e amigos de Cícero Antônio de Souza prestaram, na manhã deste sábado (27), as últimas homenagens ao ex-deputado estadual e conselheiro aposentado do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul). Ele morreu aos 80 anos, na noite de quinta-feira (25), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Cícero deixa a esposa, Lívia Jorge de Souza, dois filhos e dois netos. O velório foi aberto ao público e aconteceu das 16h às 23h de sexta-feira (26), sendo retomado às 5h deste sábado, no hall principal do TCE-MS. Familiares e colegas de tribunal preferiram não falar durante a despedida.

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A cerimônia de homenagem, reservada e sem registro de imagens, contou com momentos de emoção. Cícero recebeu as bandeiras do TCE-MS e de Mato Grosso do Sul, entregues pela assessoria militar do tribunal, representada pela subtenente Andrea Azevedo, à conselheira aposentada Mariza Serrano, que repassou a honraria à família.

O caixão foi carregado por amigos, e o sepultamento ocorreu às 10h, no Cemitério Santo Antônio, com a presença da prefeita Adriane Lopes (PP) e do deputado estadual Lídio Lopes (sem partido). Trineto de José Antônio Pereira, fundador de Campo Grande, Cícero sempre prestava homenagens ao tataravô e defendia que ele fosse mais reconhecido pelo papel na história da Capital.

Além da vida pública, Cícero também se destacou como pecuarista e foi lembrado pelos amigos como um visionário, que projetava um Estado desenvolvido. “Um dos melhores produtores rurais que tivemos em Mato Grosso do Sul. Uma genética de rebanho que vem transformando a história desse país. Cícero acreditava na raça nelore e sonhava com esse Estado que temos hoje, com indústria, desenvolvimento e campo em crescimento”, disse o secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha.

Amigo de longa data, Ângelo Tiberi, de 58 anos, afirmou que Cícero, sempre grato pela vida e um exemplo de inovação, era como um segundo pai para ele. “Empreendedor, tudo o que ele fazia era muito bem feito”, resumiu.

O deputado estadual Júnior Mochi (MDB) também esteve no TCE para prestar homenagens. Ele recordou que, durante sua trajetória política, pôde se aconselhar com o ex-deputado, que assumiu o Tribunal de Contas em 31 de outubro de 2001. “Cícero era determinado, tinha uma visão à frente do tempo. Aprendi muito com ele. Foi um inovador, levou a pecuária de Mato Grosso do Sul a outro patamar e ajudou a consolidar um rebanho de excelência no país”, afirmou.

Colega desde a primeira turma de Direito da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), em 1966, Valfredo Rodrigues, de 83 anos, ressaltou que a amizade permaneceu mesmo com caminhos profissionais distintos. “Era um empreendedor notável, mas também um amigo fraterno, amante da música e apaixonado pelo chamamé”, disse.

Já Eulojari de Souza, conhecido como Eulo, de 65 anos, viajou de Água Clara, a 192 quilômetros de Campo Grande, para se despedir. Companheiro de vida política, ele contou que se filiou ao PFL (Partido da Frente Liberal) em 1986 por influência de Cícero, permanecendo até hoje na legenda. “Ele dizia que amigo dele não ficava na beira da estrada. Se não pudesse levar, ficava junto. É uma grande perda para mim e também para Mato Grosso do Sul”, concluiu.

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