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Capital

Sem delegacia responsável, família investiga sozinha incêndio criminoso

Wilkisonn teve 72% do corpo do corpo queimado depois que homem colocou fogo em casa, por ciúmes.

Liniker Ribeiro e Clayton Neves | 12/04/2019 17:13
Um dos cômodos da casa que ficou destruída após incêndio (Foto: Ronie Cruz)
Um dos cômodos da casa que ficou destruída após incêndio (Foto: Ronie Cruz)

Familiares do garçom Wilkisonn Danillo Barbosa Figueiredo, de 28 anos, que teve 72% do corpo queimado em um incêndio, na madrugada de ontem (11), em Campo Grande, reclamam que a investigação sobre o caso ainda nem começou e tentam por conta própria  localizar o suspeito pelo crime. Segundo o irmão da vítima, até o momento, o caso não chegou a ser distribuído para nenhuma delegacia, o que tem dificultado obter informações.

Wilkisonn ficou ferido no incêndio que aconteceu em uma residência na região do Jardim Zé Pereira. O principal suspeito é um homem identificado como José Ronaldo Amorim Lopo de Almeida, que ainda não foi localizado. Ele teria um relacionamento com a moradora do imóvel queimado, uma jovem de 23 anos.

“Eu tenho ido de delegacia em delegacia desde que aconteceu, mas só me mandam para uma outra. Já estive no 7º DP, na Depac e até na Delegacia da Mulher, mas não tive acesso nem ao boletim registrado”, revelou Nazário Júnior Barbosa Figueiredo, de 27 anos, irmão da vítima.

Para ele, o crime teria sido motivado por ciúmes. “Tenho certeza que foi ciúmes. Já trabalhamos juntos, ela chegou a aparecer com olho roxo, machucada, falava que tinha batido na porta, mas com o tempo descobrimos que ele batia nela”, revelou Nazário.

Ainda segundo ele, de quarta para quinta-feira, o irmão esteve em sua residência e foi embora por volta de meia-noite. Após se despedir, o rapaz ainda teria ido em casa e, em seguida, se dirigido até a casa da jovem. No WhatsApp, a última visualização da vítima – que segue em estado grave na Santa Casa da Capital – foi às 0h46.

“Agiram de caso pensado, porque menos de uma hora e meia ligaram para a polícia para avisar do que tinha acontecido. Foi muito rápido”, acredita o irmão. Ao Campo Grande News ele revelou ainda estar em busca do aparelho celular de Wilkisonn, o que poderia ajudar a identificar se o irmão foi vítima de uma emboscada.

“Até a carteira dele com R$ 700 nós encontramos, mas o celular não”, conta. “Eu queria encontrar para saber o que tem lá”. Outra busca da família é pela mulher que morava na casa que pegou fogo. “Eu ligo no número dela, mas não chama. Queremos conversar com ela e que ela ajude a encontrar o suspeito. Não tem motivo para fugir se não for cúmplice”.

A reportagem esteve na 7ª Delegacia de Polícia Civil, localizada na Avenida Júlio de Castilho, e foi informado que o caso ainda não chegou na unidade. Em contato com a assessoria de comunicação da PC, a ocorrência deve ser encaminhada em breve. 

Grave – De acordo com a família, o estado de saúde da vítima segue sendo considerado grave. “Na última visita, nos informaram que as chances dele sobreviver são de 30%, mas seguimos com fé. Ele está em como induzido, devido a gravidade das queimaduras, e não deve acordar enquanto estiver na UTI”, ressalta Nazário.

Além do corpo queimado, Wilkisonn ainda levou três facadas no atentado, segundo o proprietário do imóvel, que era alugado.

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