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Capital

Sem notícias, mãe de Kauan pretende fazer buscas por conta própria

Suspeito pelo crime, Deivid de Almeida Lopes, 38 anos, foi transferido a presídio nesta segunda-feira (31)

Luana Rodrigues | 31/07/2017 16:42
Janete dos Santos Andrade, no primeiro dia de buscas por Kauan. (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)
Janete dos Santos Andrade, no primeiro dia de buscas por Kauan. (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)

Sem grandes avanços na investigação e nenhuma notícia do filho, a mãe do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, que teria sido estuprado até a morte, organiza uma busca pelo filho, com o apoio de amigos e familiares, na próxima quarta-feira (2). O suspeito pelo crime, Deivid de Almeida Lopes, 38 anos, foi transferido para o presídio nesta segunda-feira (31).

Janete dos Santos Andrade, 35 anos, diz que pretende procurar pelo menino em locais onde a polícia já esteve, por exemplo, na mata próximo ao Rio Anhanduí e demais locais já indicados pelos suspeitos.

“É muito agonizante, todo dia você acha que vai ter uma notícia boa e nunca tem nada. Eu ligo todo dia na delegacia para saber, o delegado falou que entende nosso sufoco, nosso sofrimento e diz que está trabalhando, mas ficar assim, sem notícias, não dá”, reclama a mãe.

Desde a semana passada, a polícia se recusa a dar detalhes sobre o caso à imprensa. As buscas pelo menino foram encerradas. O delegado responsável, Paulo Sérgio Lauretto, Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente), diz apenas que está trabalhando na investigação “de outras formas”.

Um laudo sobre sangue e outros vestígios encontrados na casa do suspeito, no bairro Coophavilla, é aguardado pela polícia. O exame irá confirmar o envolvimento de Deivid no desaparecimento de Kauan. Fora isso, até agora, a polícia só tem depoimentos de testemunhas, entre elas, crianças que teriam sido vítimas do professor.

“A prisão preventiva foi decretada pela suspeita dos crimes sexuais, que surgiram com depoimentos das vítimas. Materialidade mesmo não existe nada. No caso Kauan, por exemplo, não existe nenhuma confirmação de que a criança realmente tenha sido vitima de abuso ou assassinato, o que existe um menor que já entrou em contradição várias vezes”, diz o advogado do suspeito, Alessandro Farias.

Não há informações oficiais para qual presídio Deivid foi transferido, mas, conforme o advogado, ele foi levado ao Instituto Penal de Campo Grande.

Investigação - Na tarde de sexta-feira (28), o delegado titular da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto, confirmou que subiu para nove o número de acusações de estupro de vulneráveis contra Deivid Almeida Lopes, suspeito de estuprar e matar o menino Kauan.

O delegado evitou responder perguntas da imprensa, não comentando detalhes sobre as investigações e se as buscas pelo corpo de Kauan serão retomadas.

"Não podemos adiantar nada porque no momento em que adiantamos o que já temos, isso atrapalha os nossos próximos passos e não é isso que queremos. Queremos progredir passo a passo. É um caso dificultoso em que as pessoas tem medo até de colaborarem. Mas, mais do que ninguém, queremos esclarecer o ocorrido para informar primeiramente a família", pontuou Lauretto.

Deivid chegou a Depca por volta das 15h48 acompanhado por investigadores e pela delegada Marília de Brito Martins. O suspeito ficou cerca de uma hora e deixou o local em uma viatura da Polícia Militar para retornar ao Instituto Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste.

No início desta semana, Deivid foi indiciado por seis estupros e por possuir materiais pornográficos envolvendo crianças ou adolescentes. Na residência do suspeito, foram encontrados vários filmes pornográficos e dois filmes do próprio homem tendo relações sexuais.

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